Fonte: Paulo Henrique Amorim (blog)
. A denúncia do Procurador Rodrigo De Grandis atingirá, inevitavelmente, a Comissão de Valores Mobiliários, a CVM, instituição governamental encarregada de vigiar as roubalheira no mercado financeiro.
. E no caso de Dantas, virou o rosto para o outro lado.
. Acompanhe, amigo navegante, o que diz a nota do Ministério Público sobre os crimes de Dantas e sua suposta quadrilha:
1) “Gestão fraudulenta” - usar dinheiro da empresa Brasil Telecom - cotada em Bolsa - para auto- financiamento do Opportunity;
2) Usar dinheiro da Brasil Telecom para financiar o “valerioduto”, o que, inevitavelmente, levará Dantas a ter uma conversinha com o Ministro Joaquim Barbosa.
3) Presença de funcionário do Opportunity na folha de pagamentos da Brasil Telecom;
4) Uso de dinheiro da Brasil Telecom para comprar aviões para o Opportunity (dos quais se valia com alguma freqüência o Senador Heráclito Fortes);
5) Reforma de R$ 2 milhões de um andar da Brasil Telecom em São Paulo para ser usado por diretores do Opportunity;
6) “Evasão de divisas” - brasileiros aplicavam a rodo nos fundos do Opportunity no exterior, o que a Lei não permite;
7) Ocultar recursos próprios e de terceiros oriundos de crimes contra o sistema finananceiro nacional por intermédio do Opportunity Fund, teoricamente vigiado pela CVM;
. E o que fazia a CVM?
. Bem, em boa parte desse período de crimes de Dantas, o presidente da CVM era o advogado Luiz Cantidiano, advogado e sócio de Dantas.
. Dantas nomeou Cantidiano para a CVM no mesmo almoço no Palácio do Alvorada em que arrancou de Fernando Henrique, o iluminado presidente, apenas o seguinte:
- entregar a CVM a um amigo de fé, irmão camarada;
- mandar o chefe da Polícia Federal no Rio, Marcelo Lunus Itagiba, transferir para a Ilha do Diabo o delegado Deuler Rocha, que investigava Dantas;
- o mais importante: Dantas revertou uma eleição da Previ, o fundo de pensão dos velhinhos do Banco do Brasil, para recolocar no lugar os diretores que o tratavam com especial gentileza.
. Falta alguém no banco dos réus.
. Quem, amigo navegante?
Fonte:Blog Conversa Afiada.
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