2/7/2009 | |
Fora do governo Lula, Mangabeira avalia até concorrer com Dilma | |
O professor e ex-ministro Roberto Mangabeira Unger saiu da Secretaria de Assuntos Estratégicos para voltar a lecionar em Harvard, mas não abdicou de suas ambições políticas. Ontem anunciou que está disposto a retomar suas viagens pelo Brasil ainda neste semestre e avalia todas as possibilidades, inclusive a de se candidatar à Presidência da República no ano que vem. A reportagem é de Eliane Cantanhêde e publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, 02-07-2009. Falando à Folha por telefone, dos Estados Unidos, Mangabeira disse que sente "muito afeto" pela ministra Dilma Rousseff, candidata da preferência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para sua sucessão, mas que não descarta ser adversário dela. "Tenho afeto pela Dilma, a quem conheço há quase 30 anos, mas estou ampliando todas as minhas possibilidades e avaliando desde apoiar uma candidatura até ser eu mesmo o candidato", disse o já ex-ministro, que escreveu uma longa carta de mais de 20 páginas para Lula, enumerando todas as suas propostas de futuro para o país, em várias áreas. Mangabeira descreveu sua saída do governo assim: "É o oposto da retirada e da desistência, pois cria condições para um raio de ação mais intenso e mais extenso". Acrescentou que, ao sair da secretaria, ganhou "mais liberdade" e que, a partir de agora, poderá retomar suas viagens pelo país inteiro "sem as facilidades, mas também sem as amarras do cargo ministerial". Durante seu período como ministro, ele disse que viajou pelo "interior do interior do interior" e que, "apesar de ser meio desajeitado, de falar com sotaque e de não ter benesses para ofertar ou para prometer, fui recebido calorosamente por toda a parte". Disse que deu prioridade a duas vertentes de trabalho: a regional, prestigiando Norte, Nordeste e Centro-Oeste, e a setorial, com ênfase em áreas como agricultura, educação e trabalho. Cheio de adjetivos grandiloquentes para se referir ao Brasil e ao papel do país no contexto internacional futuro, fez algumas ressalvas e criticou "a grande tragédia brasileira": "O esquema institucional muito excludente, que precisa ser humanizado por meio de políticas sociais para criar de fato uma democracia de oportunidades". E falou em "reconstrução das instituições". Filiado ao pequeno PRB do vice-presidente José Alencar e do senador Marcelo Crivela (RJ), Mangabeira foi também do PDT e não quis falar sobre suas opções partidárias, mas deixou claro que, ao trocar a secretaria por Harvard, não trocou o Brasil pelos EUA. Pretende passar as férias de julho com a família, mas avisou que, se os governadores do Nordeste realizarem reunião para discutir projetos de desenvolvimento para a região neste mês, ele já decidiu que virá a Brasília especialmente para isso. Como voltará também em agosto, para reuniões de ministros que atuam em áreas em que deixou projetos. Pelo seu contrato com Harvard, Mangabeira não poderia se ausentar por mais de dois anos. Por isso, ele voltou agora, com o prazo vencendo, e pretende começar a lecionar a partir de janeiro, mas só por três meses. Depois, sua agenda prevê a volta ao Brasil já durante a campanha eleitoral. Sobre Lula, Mangabeira disse: "Em muitos aspectos, nós somos o oposto um do outro, mas o presidente foi o meu grande aliado desde o meu primeiro dia no governo". Fonte:IHU |
Carlos Augusto de Araujo Dória, 82 anos, economista, nacionalista, socialista, lulista, budista, gaitista, blogueiro, espírita, membro da Igreja Messiânica, tricolor, anistiado político, ex-empregado da Petrobras. Um defensor da justiça social, da preservação do meio ambiente, da Petrobras e das causas nacionalistas.
quinta-feira, 2 de julho de 2009
POLÍTICA - Mangabeira Unzer candidato. Só faltava essa!
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