A Assembleia Geral da ONU votará na quarta-feira, 28 de outubro, uma resolução sobre o bloqueio dos Estados Unidos a Cuba, depois que uma trintena de presidentes e governantes condenaram este cerco no mesmo fórum.
Essas manifestações de repúdio tiveram lugar há um mês no plenário do máximo órgão da ONU, durante uma semana dedicada ao debate geral anual, nesta ocasião do 64º período ordinário de sessões.
Na quarta-feira, 28 de outubro, a mais alta instância da organização examinará, pelo décimo oitavo ano consecutivo, a resolução intitulada "Necessidade de pôr fim ao bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos da América a Cuba".
Neste primeiro mês de sessões da Assembleia Geral, diversos líderes qualificaram de obsoletas medidas como o bloqueio norte-americano à Ilha, imposto há mais de 50 anos, e criticaram tão criminoso assédio enfatizando os inúmeros reclamos feitos nos últimos meses nas declarações acertadas em diversas Cúpulas de Chefes de Estado e de Governo de vários continentes.
O governo revolucionário cubano expressou em numerosas tribunas que o bloqueio dos Estados Unidos à Ilha não mudou e constitui "um ato de agressão unilateral, ao qual se deve pôr fim de maneira unilateral".
Em sua intervenção na Assembleia Geral da ONU, o chanceler cubano, Bruno Rodríguez Parrilla, advertiu que o governo norte-americano ainda não atendeu o reclamo da comunidade internacional para pôr fim ao bloqueio e explicou que medidas recentes anunciadas pela Casa Branca constituem um passo positivo, mas extremamente limitado e insuficiente.
Rodríguez assegurou que o presidente dos EUA tem muitas faculdades executivas, por meio das quais, poderia invalidar a aplicação do bloqueio, e disse que, com uma verdadeira decisão de mudança, Washington poderia autorizar a exportação de bens e serviços cubanos para os Estados Unidos e desse país para Cuba, e absterem-se de perseguir, congelar e confiscar as transferências de terceiros países dirigidas a entidades e nacionais cubanos.
Além disso, destacou a possibilidade de permitir que os cidadãos norte-americanos, por meio de licenças, viajem a Cuba, "único país do mundo que são proibidos de visitarem".
O ministro ressaltou a disposição de Cuba para normalizar as relações com os EUA e para ter um diálogo respeitoso, em pé de igualdade, "sem sombra para nossa independência, soberania e autodeterminação".
Desde 1991, o bloqueio estadunidense a Cuba é repudiado cada vez mais pelos membros da ONU, que no ano passado foi condenado por 185 estados-membros, a cifra mais alta registrada em todas as votações realizadas nesse período de tempo. (PL e SE) •
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