As eleições afegãs acabaram, mas segundo a Economist, foi uma farsa. Muitos afegãos estão aliviados que não haverá segundo turno, por causa das ameaças do Talibã, a indiferença dos eleitores e a chegada do inverno.
Os ocidentais que lidam com a crise também estão aliviados, pois não haverá protestos pelos partidários de Abdullah por enquanto. Desde as eleições, que custaram RS$300 milhões e pioraram a crise do país, 170 soldados da OTAN foram mortos. Cada vez mais ocidentais perguntam por que seus compatriotas continuam morrendo para apoiar o corrupto Karzai.
Esta semana Karzai prometeu acabar com o estigma de corrupção e criar um governo que será o reflexo do Afeganistão. Karzai precisa nomear ministros competentes, substituir os bajuladores, processar oficiais corruptos e afastar seu irmão Ahmad Wali, acusado de envolvimento com drogas e de receber pagamentos da CIA. Com as reformas, talvez ele ainda seja lembrado como o pai do Afeganistão pós Talibã. Caso ele mantenha o seu estilo, pode se tornar um novo Najibullah, o último presidente comunista que abandonou Moscou e foi enforcado em 1996 em um poste de Cabul.
Fonte:Opinião e Notícia
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