Copiado do "Blog do Brizola Neto"
Uma das grandes maravilhas da espécie humana é o ato falho. Aquele momento em que nossa “censura” verbal cochila e o pensamento verdadeiro sai pela boca, cru, sem os disfarces com que a sofisticação verbal costuma envolvê-los e torná-los palatáveis, mesmo que seu cerne seja intragável.
Foi exatamente isso que aconteceu com o banqueiro Lloyd Blankfein,55 anos, presidente do Goldman Sachs,e executivo-chefe da instituição, em entrevista ao Sunday Times. “Nós fazemos o trabalho de Deus”, disse ele numa supreendente entrevista. Ele diz que “nós ajudamos as empresas a crescer, ajudando-as a levantar capital. Empresas que crescem, criam riqueza. Esta, por sua vez, permite que as pessoas têm empregos que criar mais crescimento e mais riqueza. É um ciclo virtuoso.”
Segundo ele, o Goldman Sachs vai muito bem, pois com o Lehman Brothers e Bear Stearns falidos, a Merrill Lynch, como “uma sombra capenga” de sua situação anterior e o Citigroup e UBS abalados, a fatia do Goldman vai crescer. “Nós não nos f***mos como os outros caras. Nós ainda temos um balanço. Então, agora temos um vaso maior e mais rico para mijar dentro“.
Blankfein sabe do que está falando. Diz o jornal: “Temos uma finalidade social”, afirma . Aqueles que perderam os seus empregos ou viram seus salários reduzidos graças aos banqueiros que se meteram na crise das hipotecas e em negócios tortuosos ainda não entenderam esse objetivo social. Blankfein é uma boa propaganda para a criação de riqueza. A sua própria. O Goldman vai pagar US$ 20 bilhões em salários e bonus a seus executivos.O Goldman é o mais lucrativo banco do mundo. Lucrou US$ 3 bi só de julho a outubro. Recebeu US$ 10 bilhões de ajuda do governo americano.
Que quiser pedir uma graça ou se benzer com os “deuses” do Goldman Sachs no Brasil, pode procurar a sede do banco aqui, na Av. Presidente JuscelinoKubitschek , 510, 6° andar, na Vila Nova Conceição, em São Paulo.
Recomenda-se levar doações.
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