sábado, 14 de novembro de 2009

O "GRAN FINALE" DE UMA VERGONHA.

Copiado do blog do Brizola Neto.

Ganha um doce quem achar um hacker de verdade no meio dos gravatinhas que participaram dos "testes" de segurança das urnas eletrônicas

Ganha um doce quem achar um hacker de verdade entre os "gravatinhas" que fizeram os "testes" de segurança das urnas eletrônicas

Terminaram ontem os testes de “tentativas” de invasão das urnas eletrônicas promovidos pelo TSE. Oficialmente, as urnas saíram aprovadas. Mas, olhem, com sinceridade, quem saiu reprovada, mesmo, deste teste, foi a imprensa brasileira.

Eu, na minha ingenuidade, achei que estava prestando um serviço público ao informar que o tal teste para “hackers” estava sendo feito por pessoas e que, na verdade, eram funcionários públicos escolhidos para dar foros de verdade a esta simulação. Que eram gente da própria Justiça, da polícia, da Marinha, da Controladoria Geral da União e que não havia ali um “hacker” sequer.

Depois, publiquei o relato de um engenheiro de segurança de sistemas que acompanhava os testes e dizia que as pessoas iam lá, olhavam o computador, tentavam alternativas que o TSE dizia serem proibidas - como o acesso ao código fonte - e simplesmente ficavam sentadas passando o tempo ou não apareciam.

Algum interesse em apurar o que estava acontecendo? Qual nada! A desfaçatez é tão grande que jornalistas publicam coisas assim: “A equipe de hackeres da Polícia Federal”… “Representando o Tribunal Superior do Trabalho (TST), o “investigador” Carlos Eduardo Negrão”…

Para fazer isso, bastava publicar os “press releases” do tribunal.

Algém me diga, desde quando o Tribunal Superior do Trabalho é um centro de especialistas em fraudes eletrônicas? Quem mandou aqueles funcionários? Não foi dito à população que o tribunal estava desafiando os hackers e os hackers que apareceram eram todos de contracheque público? A que título vão receber o dinheiro dado em um concurso público, já que estavam lá como funcionários de suas repartições, designados para a tarefa? Alguém questionou o fato de os centros de informática das universidades não estarem presentes? De não poderem ter sido usados programas e equipamentos que não fossem entregues com pelo menos 20 dias de antecedência?

Foi realizado um espetáculo de terceira categoria. E que terminou como se esperava: duas dúzias de servidores públicos, dispensados do ponto, foram usados para dar credibilidade a um teste de “hackers” onde não havia nenhum “hacker” e era uma simples peça de propaganda.

Felizmente, para o país, o produto que esta propaganda enganosa “vende” está fora do mercado a partir de 2014, com a adoção do voto impresso.

Até lá, apesar do teatrinho que se encerrou ontem, vamos ter que acreditar que as urnas que nenhum país do mundo quer usar são a oitava maravilha do mundo em matéria de segurança.
Fonte:Tijolaço - O blog do Brizola Neto.

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