BBC Brasil
A barreira chega a oito metros de altura em várias partes.
Pela segunda vez em uma semana, palestinos e ativistas estrangeiros quebraram nesta segunda-feira partes da barreira construída por Israel na Cisjordânia.
Eles usaram cordas e pelo menos um caminhão para derrubar blocos de concreto da barreira nas proximidades da cidade de Ramallah.
A polícia israelense chegou ao local pouco depois e usou gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes.
Abdullah Abu Rahma, um dos coordenadores da ação, disse que ela foi concebida para ocorrer no aniversário da queda do muro de Berlin.
"Esse é o início das atividades para expressar nosso apego à terra e rejeição ao muro", disse ele à agência de notícias Reuters.
Ilegal
Na sexta-feira, palestinos derrubaram perto do vilarejo de Nilin outra parte do muro na Cisjordânia.
A posição oficial de Israel é que o muro é uma barreira de segurança para defender seus cidadãos de ataques de palestinos.
Mas os palestinos a consideram outra estratégia de Israel para se apropriar ilegalmente de terras que consideram suas.
Dados da ONU indicam que, até o momento, Israel construiu 413 km dos 709 km planejados para o muro.
De acordo com o projeto israelense, quando a construção da barreira foi concluída, 85% dela ficará dentro da Cisjordânia, fora da fronteira internacionalmente reconhecida entre Israel e o território.
Em 2004, a Corte Internacional de Justiça, de Haia, na Holanda, emitiu um parecer não vinculante em que considerou que a barreira é ilegal e deve ser removida.
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