sexta-feira, 13 de novembro de 2009

POLÍTICA - PSTU se afasta de Marina da Silva.

PSTU se afasta de Marina Silva e impede reedição da 'frente de esquerda'

Por Redação, com colaboradores - de Brasília

Marina não conta com apoio da esquerda

A "frente de esquerda", como ficou conhecida a aliança entre o Partido do Socialismo com Liberdade (PSOL), o Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) e o Partido Comunista Brasileiro (PCB), não será reeditada nas próximas eleições presidenciais em torno da candidatura da senadora Marina Silva (AC), recém-filiada ao Partido Verde, de centro-direita.

A união dos partidos de esquerda, em 2006, apoiou a candidatura da ex-senadora Heloísa Helena. Em anúncio aos filiados, o PSTU descartou, nesta quarta-feira, qualquer tipo de acordo com o PV. No PSTU, segundo o presidente nacional e pré-candidato do partido à Presidência, José Maria de Almeida, a intenção é lançar candidato, caso o PSOL mude de idéia e resolva a apoiar a senadora acreana.

– Não tem nenhuma possibilidade de o PSTU avançar em um acordo dessa natureza. Nós estamos lançando neste mês uma pré-candidatura à Presidência da República, ainda para defender a possibilidade de uma frente de esquerda. Mas, caso não aja essa possibilidade, o PSTU terá uma candidatura própria no ano que vem – afirmou José Almeida aos jornalistas.

A candidatura de Marina Silva representaria a continuidade do projeto político do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, disse Almeida, com o qual o PSTU não compactua.

– A Marina segue essencialmente o campo do governo Lula. Nem sequer na questão ambiental podemos dizer que ela representa uma diferença fundamental ao que foi o governo Lula. A esquerda socialista tem que se apresentar de maneira independente – afirmou Almeida ao jornalista Fábio Amato, do diário paulistano Folha de S. Paulo.

Para o deputado federal Chico Alencar (RJ), vice-líder do PSOL na Câmara, há setores do partido que demonstram interesse em uma possível aliança com os verdes, mas as conversas em torno do assunto ainda serão abordadas, nesta quinta-feira, em uma reunião preliminar da Comissão Executiva Nacional.

– O PSOL está aberto a debater. É o momento de abrir as janelas, o que não significa escancarar portas de maneira a descaracterizar o partido. A Marina pode representar uma cunha nessa polarização (entre PT e PSDB) e enfraquecer tanto o continuísmo do lulismo galopante quanto o regressismo tucano. E isso deve ser levado em consideração em uma eleição – disse Alencar ao jornalista.
Fonte:Jornal Correio do Brasil.

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