quarta-feira, 10 de março de 2010

EUA - Ninguém aguenta mais a soberba dos Estados Unidos.


"Claro que não vamos abrir mão das...

"Claro que não vamos abrir mão das retaliações". Perfeita essa declaração do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, ao relatar o encontro mantido em Brasília com o Secretário de Comércio dos Estados Unidos, Gary Locke. Miguel discutiu com ele as sanções do Brasil (taxação sobre 102 produtos americanos importados), autorizadas pela Organização Mundial do Comércio (OMC) por causa do subsídio que eles concedem aos seus produtores de algodão.

Antes tarde do que nunca. Ninguém agüenta mais a soberba americana e o seu desprezo às regras e normas, às leis internacionais, o não cumprimento por parte deles das decisões dos fóruns internacionais como a OMC. Nem o México - que enfrenta um contencioso com os EUA relativo a caminhões na fronteira - quanto mais o Brasil.

Mas Miguel Jorge, o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, Gary Locke e o presidente Lula - em manifestação hoje - têm razão. Ninguém quer guerra e a reação do Brasil não deflagra uma guerra nem retaliação propriamente. A questão não é nem retaliação, um termo inadequado, e sim medidas compensatórias pelos prejuízos que os EUA nos infringem com esses altos subsídios aos seus produtores de algodão.

Triste nesse episódio foi o Jornal Nacional ("imposto pode ter impacto sobre preço de pães") e o Jornal da Globo ("pãozinho de cada dia pode ficar mais caro"), na veiculação de suas reportagens terem criado um clima de terrorismo que terminou provocando reação em cadeia, copiada por vários outros veículos até que o ministro da Agricultura viesse a público e proclamasse: "falar em aumento do pãozinho é que é terrorismo".

Nem guerra, nem retaliação, nem terrorismo. O que se quer é simplesmente fazer cumprir as leis e decisões dos organismos internacionais, fazer com que os EUA sejam mais um país e não continuem a se colocar acima da lei e do direito internacional. Só isso.

Blog do Zé Dirceu.

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