Do Blog do Mello.
Quem diz que Gilmar Mendes é desonesto o conhece bem: é sócio dele no IDP, coautor de dois de seus livros e professor na graduação e na pós
Posted: 10 Jun 2012 07:27 AM PDT
Inocêncio Mártires Coelho (esse é o nome do acusador de Mendes) também foi Procurador-Geral da República, entre os anos de 1981 e 1985.
O professor Inocêncio Mártires Coelho é membro fundador e presidente do Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), onde também é professor de Direito Constitucional, lecionando as disciplinas Filosofia do Direito e Teoria da Constituição e Hermenêutica Constitucional. É doutor em Direito pela Universidade de Brasília com a tese A contribuição de Luís Recaséns Siches à Filosofia do Direito (1969). É professor titular aposentado da Universidade de Brasília. É subprocurador-geral da República aposentado, já tendo exercido o cargo de procurador-geral da República. Escreveu os livros Interpretação Constitucional, Hermenêutica Constitucional e Direitos Fundamentais e Curso de Direito Constitucional, os dois últimos em parceria com Gilmar Ferreira Mendes e Paulo Gustavo Gonet Branco. [Fonte] E do que o sócio, não apenas no IDP mas também em dois livros, e professor acusa Gilmar Mendes, em reportagem que mereceu capa da revista CartaCapital desta semana (íntegra nas bancas)? Resumidamente, sonegação e desfalque. Não é pouca coisa para o Simão Bacamarte do STF. Em acusação formalizada na Justiça em 12 de agosto de 2010 – e que passou a tramitar em segredo de Justiça em abril de 2011 –, Inocêncio demonstra que Gilmar fez retiradas ilegais e desfalcou o caixa do IDP, sonegou impostos e exigiu “‘pedágio dos outros sócios para servir, como ministro do STF, de ‘garoto propaganda’ da instituição educacional. Tudo ao arrepio da Lei Orgânica da Magistratura, que veda aos juízes o exercício de outra atividade a não ser a de professor”. Foi feita uma auditoria no IDP: “De acordo com a auditoria, o que de mais grave ocorria eram as ‘remunerações extras’, eufemismo usado pelos auditores para as retiradas ilegais, conforme denunciou Coelho. [...] o valor pago como ‘remuneração bruta’ chegava a 14% da folha do instituto, e era feita ‘por fora’, ou seja, de forma criminosa, por meio da sonegação de impostos” [Fonte]. Há ainda outra acusação contra Gilmar Mendes, a de ter utilizado como funcionária do IDP uma pessoa contratada por ele no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). "Ou seja, o ministro usou uma servidora pública contratada por ele, quando presidente do CNJ, para tocar um trabalho paralelo em sua empresa privada". Além disso, a funcionária, Ana Carolina Chaer, "é sobrinha de Márcio Chaer, diretor do site Consultor Jurídico e amigo íntimo do magistrado”. O processo corre em segredo de justiça e o advogado de Gilmar Mendes é Sérgio Bermudes, que emprega em seu escritório de Brasília a esposa do ministro, Guiomar Mendes. |
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