Obama imita Lula e Dilma, para não virar companheiro de biriba de Sarkozy
Com a proximidade das eleições, e o eleitor estadunidense passando um perrengue com a crise, a ficha caiu do presidente dos EUA, Barack Obama.
Em discurso na sexta-feira, Obama falou da necessidade de se gerar mais empregos nos Estados Unidos por uma combinação público-privada e de barrar a crise europeia via crescimento, e não cortes. Bate com as propostas defendidas há alguns anos pelo presidente Lula, e pela presidenta Dilma desde que foi eleita.
Obama disse exatamente a mesma coisa que Lula. A diferença do que acontece na Europa agora e nos Estados Unidos e o Brasil daquela época é que aqui optou-se pelo crescimento, regulação do mercado, interferência no Estado em algumas ações de agentes econômicos, incentivo a setores geradores de emprego, políticas de compensação e estímulo ao consumo. Deu certo. Coincidência?
Na verdade, não chega a ser a descoberta da pólvora barrar a estagnação com crescimento e consumo. Dar um basta na austeridade absoluta é um certo estilo Keynes de tratar o que hoje chamamos de "crise na Zona do Euro".
Por isso, Sarkozy foi para casa e, se bobear, até o povo alemão manda Angela Merkel vestir pijama logo, logo.
Obama disse com todas as letras que a crise europeia será superada pela flexibilização e não com mais cortes.
Ou Obama cola no estilo Lula ou perderá a eleição para Mitt Romney. (Do Sidney Resende)
Do blog Os Amigos do Presidente Lula.
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