Infiltração da direita leva Movimento a suspender atos em São Paulo
O Movimento Passe Livre (MPL) anunciou na manhã de hoje a suspensão de novas manifestações em São Paulo. Segundo Rafael Siqueira, um dos integrantes da organização que pleiteia tarifa zero nos transportes públicos, "grupos conservadores se infiltraram nas manifestações" e defenderam, ontem, propostas como a redução da maioridade penal."
Outros participantes do MPL confirmaram a mesma decisão em entrevista à Rádio CNB. "A gente acha que grupos conservadores se infiltraram nos últimos atos para defender propostas que não nos representam", justificou Siqueira, professor de música e ativista do MPL desde 2006. Segundo ele, a decisão foi tomada no final da noite de ontem, por consenso, após os incidentes na avenida Paulista.
Ele explicou que o MPL programava manter manifestações na semana que vem em solidariedade às cidades que ainda não tiveram redução no valor das passagens e em favor da retirada de processos criminais a que respondem alguns manifestantes. Mas, adiantou, as agressões a militantes de partidos políticos na manifestação de ontem, na avenida Paulista e em outras cidades, levaram o MPL a suspender os atos públicos em São Paulo. Em outras cidades, o MPL ainda analisa a possibilidade de manter os atos nos próximos dias.
Estratégia futura vai ser discutida
"Mesmo que sejamos contra a política de transporte duma prefeitura do PT, achamos que o PT deve ter total garantia de participar das manifestações públicas", acentuou Siqueira em entrevista à Folha de S.Paulo. Ao jornal ele afirma que hoje o MPL conversou com alguns grupos de esquerda sobre a presença de "neofascistas" agredindo pessoas na rua.
"É inconcebível essa onda oportunista da direita de tomar os atos para si." Segundo o movimento, desde o ato de 3ª feira, grupos de direita (não se sabe se organizados ou não) levaram às ruas pautas que não representam o MPL, o que gerou preocupação, pois "distorce a iniciativa".
Conforme disse Siqueira ao jornal, "o que preocupa não é a participação das pessoas na rua, mas pessoas claramente contra as organizações sociais e que nunca participaram de manifestações começarem agora a usar os atos para promover a barbárie."
"Ainda não sabemos que estratégia tomar, vai ser uma conversa longa e franca entre todas as organizações no campo da esquerda pra que a gente não fique rachado entre a gente. Precisamos manter a união, que é o mais importante", concluiu o representante do MPL.
Leiam também duas boas análises: "A direita também disputa ruas e urnas " de Valter Pomar; e "O decálogo do perfeito idiota da direita"de Marcos Coimbra, publicado na Carta Capital.
Outros participantes do MPL confirmaram a mesma decisão em entrevista à Rádio CNB. "A gente acha que grupos conservadores se infiltraram nos últimos atos para defender propostas que não nos representam", justificou Siqueira, professor de música e ativista do MPL desde 2006. Segundo ele, a decisão foi tomada no final da noite de ontem, por consenso, após os incidentes na avenida Paulista.
Ele explicou que o MPL programava manter manifestações na semana que vem em solidariedade às cidades que ainda não tiveram redução no valor das passagens e em favor da retirada de processos criminais a que respondem alguns manifestantes. Mas, adiantou, as agressões a militantes de partidos políticos na manifestação de ontem, na avenida Paulista e em outras cidades, levaram o MPL a suspender os atos públicos em São Paulo. Em outras cidades, o MPL ainda analisa a possibilidade de manter os atos nos próximos dias.
Estratégia futura vai ser discutida
"Mesmo que sejamos contra a política de transporte duma prefeitura do PT, achamos que o PT deve ter total garantia de participar das manifestações públicas", acentuou Siqueira em entrevista à Folha de S.Paulo. Ao jornal ele afirma que hoje o MPL conversou com alguns grupos de esquerda sobre a presença de "neofascistas" agredindo pessoas na rua.
"É inconcebível essa onda oportunista da direita de tomar os atos para si." Segundo o movimento, desde o ato de 3ª feira, grupos de direita (não se sabe se organizados ou não) levaram às ruas pautas que não representam o MPL, o que gerou preocupação, pois "distorce a iniciativa".
Conforme disse Siqueira ao jornal, "o que preocupa não é a participação das pessoas na rua, mas pessoas claramente contra as organizações sociais e que nunca participaram de manifestações começarem agora a usar os atos para promover a barbárie."
"Ainda não sabemos que estratégia tomar, vai ser uma conversa longa e franca entre todas as organizações no campo da esquerda pra que a gente não fique rachado entre a gente. Precisamos manter a união, que é o mais importante", concluiu o representante do MPL.
Leiam também duas boas análises: "A direita também disputa ruas e urnas " de Valter Pomar; e "O decálogo do perfeito idiota da direita"de Marcos Coimbra, publicado na Carta Capital.
MPL esclarece que não foi ele que tirou partidos da Paulista
A título de informação aos nossos leitores e, também, porque sei que a mídia não vai dar o devido destaque a esse esclarecimento, publico a íntegra de nota divulgado pelo Movimento Passe Livre (MPL) sobre a manifestação de ontem em São Paulo. Nesta nota o MPL explica que não foi ele, mas sim um grupo dentre os manifestantes que entrou em atrito com representantes de partidos e os impediu de participar do ato.
Nota nº 11 (MPL): sobre o ato dessa 5ª feira
O Movimento Passe Livre (MPL) foi às ruas contra o aumento da tarifa. A manifestação de hoje faz parte dessa luta: além da comemoração da vitória popular da revogação, reafirmamos que lutar não é crime e demonstramos apoio às mobilizações de outras cidades. Contudo, no ato de hoje presenciamos episódios isolados e lamentáveis de violência contra a participação de diversos grupos.
O MPL luta por um transporte verdadeiramente público, que sirva às necessidades da população e não ao lucro dos empresários. Assim, nos colocamos ao lado de todos que lutam por um mundo para os debaixo e não para o lucro dos poucos que estão em cima. Essa é uma defesa histórica das organizações de esquerda, e é dessa história que o MPL faz parte e é fruto
O MPL é um movimento social apartidário, mas não antipartidário. Repudiamos os atos de violência direcionados a essas organizações durante a manifestação de hoje, da mesma maneira que repudiamos a violência policial. Desde os primeiros protestos, essas organizações tomaram parte na mobilização. Oportunismo é tentar excluí-las da luta que construímos juntos.
Toda força para quem luta por uma vida sem catracas..
Nota nº 11 (MPL): sobre o ato dessa 5ª feira
O Movimento Passe Livre (MPL) foi às ruas contra o aumento da tarifa. A manifestação de hoje faz parte dessa luta: além da comemoração da vitória popular da revogação, reafirmamos que lutar não é crime e demonstramos apoio às mobilizações de outras cidades. Contudo, no ato de hoje presenciamos episódios isolados e lamentáveis de violência contra a participação de diversos grupos.
O MPL luta por um transporte verdadeiramente público, que sirva às necessidades da população e não ao lucro dos empresários. Assim, nos colocamos ao lado de todos que lutam por um mundo para os debaixo e não para o lucro dos poucos que estão em cima. Essa é uma defesa histórica das organizações de esquerda, e é dessa história que o MPL faz parte e é fruto
O MPL é um movimento social apartidário, mas não antipartidário. Repudiamos os atos de violência direcionados a essas organizações durante a manifestação de hoje, da mesma maneira que repudiamos a violência policial. Desde os primeiros protestos, essas organizações tomaram parte na mobilização. Oportunismo é tentar excluí-las da luta que construímos juntos.
Toda força para quem luta por uma vida sem catracas..
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