sexta-feira, 28 de junho de 2013

POLÍTICA - Governo anuncia diálogo com jovens por meio das redes sociais.

Do G1
Governo anuncia diálogo com jovens por meio de redes sociais

Presidente Dilma se reuniu nesta sexta com jovens de movimentos sociais. Secretaria da Juventude informou que lançará 'observatório participativo'.
Priscilla Mendes
A Secretaria Nacional da Juventude, ligada à Presidência da República, informou nesta sexta-feira (28) que o governo vai lançar em duas semanas um canal de diálogo com jovens por meio das redes sociais.
O anúncio foi feito após reunião da presidente Dilma Rousseff com representantes de movimentos sociais formados por jovens, no Palácio do Planalto.
De acordo com a secretária Severine Macedo, da Secretaria Nacional de Juventude – órgão ligado à Secretaria-Geral da Presidência –, o chamado “observatório participativo” buscará discutir temas como educação, saúde, mobilidade urbana, violência nas periferias e educação no campo.
Segundo informou a Secretaria-Geral, o “observatório participativo” será uma espécie de rede social, na qual o visitante criará seu próprio usuário e poderá interagir com os demais. Estará à disposição dos internautas também um banco de dados com textos e informações dirigidas aos jovens com temas sobre mobilidade, educação e saúde.
“O observatório participativo fará com que a gente tenha um canal permanente de diálogo com os jovens pelas redes sociais para consultas públicas, mas também para aprofundar o conteúdo acerca do tema juventude e das políticas publicas”, disse Severine Macedo.
Atualmente, existe o Conselho Nacional da Juventude, mas os jovens ali representados devem ser eleitos por organizações sociais. Com o "observatório", a diferença, segundo a secretária, é que o governo poderá dialogar com qualquer jovem que queira ser consultado, sem necessariamente ser eleito para o conselho.

“O Conselho Nacional da Juventude tem um caráter institucionalizado, com instituições que são eleitas para participar. É muito representativo, mas não cabe dentro dele todas as organizações. A gente quer abrir um canal com jovens que não necessariamente estão em alguma organização social”, disse.

A presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Virgínia Barros, também participou da reunião e disse que as medidas que vêm sendo tomadas pela Presidência em relação às manifestações “dialogam e tentam responder às demandas” dos jovens. “Nunca houve um momento tão favorável para o Brasil debater reformas sociais”, disse.

O secretário nacional de Juventude da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Alfredo Santos, defendeu as manifestações e disse que há consenso entre os movimentos sociais da juventude de que o “plebiscito é a melhor forma” para se promover a reforma política.

A reunião da presidente Dilma Rousseff com os movimentos sociais de juventude durou pouco mais de uma hora.
Após o encontro, o presidente do Conselho Nacional de Juventude, Alessandro Melchior, disse que a instituição apresentará à Presidência da República e à Organização dos Estados Americanos um relatório sobre os casos de violência e repressão contra jovens durante as manifestações das últimas semanas pelo país.
Comunidade LGBT
Dilma Rousseff também recebeu nesta manhã representantes da comunidade de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT), que deixaram o Planalto satisfeitos com o que ouviram da presidente, de acordo com o presidente da Associação Brasileira LGBT, Carlos Magno.
“A presidente se posicionou claramente contra toda violência contra a comunidade LGBT. Ela posiciona seu governo contra todas as formas de discriminação que qualquer brasileira sofra”, afirmou Magno. “Foi uma conversa extremamente agradável”.
A comunidade gay pede que a homofobia seja crime e que seja criado um “plano de políticas públicas com recursos para a comunidade LGBT, com ações em vários ministérios”. “A gente defende também a laicidade do Estado”, afirmou.
A ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, também participou da reunião. “Estado é laico, e em nome da presidente, devemos agir contra todas as formas de intolerância e discriminação”, afirmou.


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João Maria Fernandes de Sousa
Direto da fonte, Blog do Planalto
Sexta-feira, 28 de junho de 2013 às 15:07   (Última atualização: 28/06/2013 às 15:17:31)
Dilma debate reforma política com lideranças da juventude Roberto Stuckert Filho/PR
Presidenta Dilma Rousseff recebe representantes de movimentos de Juventude. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
O governo deve lançar, no próximo dia 8 de julho, o Observatório Participativo, uma plataforma virtual e física de consulta à sociedade civil a partir das redes sociais. O anúncio foi feito pela secretária Nacional da Juventude, Severine Macedo, após reunião, nesta sexta-feira (28), entre a presidenta Dilma Rousseff e representantes de movimentos da juventude.
“A pauta girou muito fortemente em torno de uma demanda da juventude por aprofundamento da participação, da

 
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Marcia
Do ótimo TIJOLAÇO:
Observar não basta, tem de estar junto28 de Jun de 2013 | 16:53
Muito boa a iniciativa de Dilma Rousseff em chamar as organizações da juventude e das periferias para uma conversa direta, hoje, no Palácio do Planalto.
Melhor ainda a ideia de criar – embora o nome seja muito inexpressivo – o tal “Observatório Participativo”, destinado a ouvir e se comunicar com os jovens que utilizam as redes sociais como forma de relacionamento e mobilização.
Tomara que não seja uma coisa unilateral, onde a moçada fala e o governo só ouve.
Ouvir é, sim, um imenso passo para um governo que, pelas suas necessidades, estava tendo de ouvir mais o que é o passado que queremos deixar pra trás e menos o futuro que não sabemos como é, mas sabemos como queremos que seja.
E, também, ouvindo, estar junto, presente, atento e nunca ser atropelado por fatos que, distante, não pôde perceber.
Mas há outro enorme e indispensável passo, que é falar.
Falar, falar muito, mostrar que esses cartazes que levantam nas ruas são e foram a razão de nossas vidas e que, com todas as dificuldades, são o que estamos tentando fazer.
Precisamos dizer e apontar quem são os que se opoem aos nossos sonhos, quem são as barreiras, os obstáculos, os muros que se levantam no caminho de nossas esperancas, para que esses, sim, possamos juntos derrubar.
Para que possamos dizer a eles o que Bertold Brecht disse no seu “Aos que virão depois de nós“:
Eu vim para a cidade no tempo da desordem,
quando a fome reinava.
Eu vim para o convívio dos homens no tempo
da revolta
e me revoltei ao lado deles.
Assim se passou o tempo
que me foi dado viver sobre a terra.
Eu comi o meu pão no meio das batalhas,
deitei-me entre os assassinos para dormir,
Fiz amor sem muita atenção
e não tive paciência com a natureza.
Assim se passou o tempo
que me foi dado viver sobre a terra.

Vocês, que vão emergir das ondas
em que nós perecemos, pensem,
quando falarem das nossas fraquezas,
nos tempos sombrios
de que vocês tiveram a sorte de escapar.

Nós existíamos através da luta de classes,
mudando mais seguidamente de países que de
sapatos, desesperados!
quando só havia injustiça e não havia revolta.

Nós sabemos:
o ódio contra a baixeza
também endurece os rostos!
A cólera contra a injustiça
faz a voz ficar rouca!
Infelizmente, nós,
que queríamos preparar o caminho para a
amizade,
não pudemos ser, nós mesmos, bons amigos.
Mas vocês, quando chegar o tempo
em que o homem seja amigo do homem,
pensem em nós
com um pouco de compreensão.

Se nos compreenderem, a força que se pretendeu voltar contra um governo popular se voltará justamente contra aqueles que impedem que um governo popular avance mais.
É por isso que estes dois processos não se distinguem: compreender a rua para avançar; ser compreendido por elas e poder avançar.
Por: Fernando Britohttp://www.tijolaco.com.br/index.php/observar-nao-basta-tem-de-estar-junto/
A verdade pode machucar mas é sempre mais digna.

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