sábado, 29 de junho de 2013

POLÍTICA - A (I)lógica das pesquisas.

A (I)lógica das pesquisas


É cientificamente INVÁLIDA qualquer análise dos resultados da pesquisa que procure dizer que, de fato, ela exprime um sentimento genuíno de insatisfação, isso por um motivo muito simples: ninguém que há dois, três meses atrás achasse o Governo bom/ótimo iria mudar de opinião de uma hora para outra tendo verdadeiros e concretos motivos para tanto.
Dessa certeza, que é lógica e racional, segue-se a dedução de que o resultado da pesquisa apenas comprova a facilidade com que se pode induzir o povo a falsas manifestações de vontade, sem amparo na realidade e apenas motivadas pela manipulação midiática e marqueteira do que estamos vendo.
A vida das pessoas que consideravam o governo bom/ótimo até um tempo atrás NÃO pode ter sido afetada de tal modo nos últimos meses ao ponto delas terem genuinamente motivos para mudarem de opinião.
O que se construiu foi uma sensação de desordem a partir dos protestos.
Em suma, a pesquisa apenas mostra o quanto a opinião popular pode ser manipulada numa sociedade de massas, extremamente suscetível de ser influenciada pela FORMA com que os fatos chegam até ela.
Concluindo, trata-se de uma pesquisa que mostra a avaliação da opinião circunstancial de uma parcela da população que retrata a sensação provocada pela forma como os protestos estão sendo transmitidos pelos órgãos de comnunicação.
FORA isso, NÃO existe explicação lógica que justifique, cientificamente, que pessoas que há pouquíssimo tempo avaliavam positivamente o Governo Dilma tenham, de fato, motivos concretos para mudarem de opinião.
Tirando os casos dos que perderam parentes mortos nos protestos e dos que tiveram suas vidas afetadas diretamente por eles, como os empresários saqueados, os que ficaram horas presos no trânsito e etc, NADA justifica a queda brusca de popularidade.
A queda não passa de um efeito do marketing político gerado pelos protestos, que em si mesmos foram alimentados por uma certa abordagem midiática não compromissada com a estabilidade da ordem democrática, afora a participação efetiva da oposição dos partidos de sempre (PSDB, DEM e PPS, principalmente estes), que abortaram o diálogo democrático, racional, e investiram pesado no discurso falso e terrorista de sempre, apelando inclusive para acusações de "chavismo" e coisas do tipo, como fizeram com o plebiscito proposto corretamente pelo Governo Dilma.
O ministro Gilmar Mendes, do STF, mostrou-se um irresponsável incendiário quando declarou que o Brasil havia "amanhecido Venezuela" após a proposta do Governo Dilma acerca da reforma política.
A afirmação, censurável por si mesma quando vinda de um ministro do STF que opina jogando lenha na fogueira, é também censurável porque desrespeita uma nação estrangeira, usada inadvertidamente como exemplo negativo para o Brasil, o que NÃO pode ser admitido quando a declaração vem de uma alta autoridade brasileira. Isso é IRRESPONSÁVEL e é ERRADO, totalmente inadmissível.

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