Decisão dos EUA de armar rebeldes ameaça abrir nova fase na guerra síria
No ano passado, o uso de armas químicas foi classificado por Obama como a linha cuja ultrapassagem poderia ter consequências para o conflito sírio, já em seu terceiro ano.
Mas para analistas como Nathalie Tocci, vice-diretora do Instituto de Relações Internacionais (IAI) em Roma, a decisão de Obama de intervir ativamente no conflito tem outra motivação.
“Eu não acredito que este seja o verdadeiro motivo para as ações do governo Obama”, diz Tocci. “Em minha opinião, a razão é que as tropas de Assad avançaram claramente para uma posição de liderança.”
Para os Estados Unidos, não interessa uma Síria sob Assad porque a relação com ele se deteriorou na guerra civil.
Desde a batalha perdida pela cidade de Qusair, no começo de junho, a oposição síria é considerada militarmente enfraquecida.
Segundo estudiosos do conflito, as tropas de Assad avançam e estão tão fortes quanto há tempos não se via.
Obama teve agora que reagir, diz Tocci, a fim de evitar a derrota dos opositores de Assad.
Nesta sexta-feira (14/06), o governo russo disse que os argumentos dos Estados Unidos sobre o emprego de armas químicas na Síria “não são convincentes” e advertiu que uma ampliação do apoio militar aos opositores poderia minar os esforços comuns para uma conferência de paz.
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