sexta-feira, 28 de junho de 2013

ECONOMIA - Mantega desarma opositores.


A oposição bem que tentou, mas o ministro da Fazenda, Guido Mantega, respondeu à altura todas as críticas que recebeu durante a audiência pública ontem na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara.


Os tucanos e demais oposicionistas presentes ficaram boquiabertos com a firmeza das respostas e se calaram na tréplica, diante dos números e fatos demonstrados pelo ministro. Mantega mostrou como será a disputa com a oposição daqui para frente.

Mantega disse que o crescimento do PIB deve ficar em torno de 3% neste ano. Questionado sobre a condução da política econômica, ele respondeu que o crescimento menor tem relação com a crise internacional. "Derrubou todas as economias em 2008 e 2009. Em 2011 e 2012, houve recaída da crise na Europa, o que causou retração da economia mundial", explicou.

O deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) partiu para a provocação ao dizer que o Brasil vive uma crise com “nome e sobrenome: Dilma e Guido Mantega". E acrescentou que, “em qualquer empresa do setor privado, o ministro já estava demitido".

O ministro da Fazenda respondeu à altura e ironizou: "Rodrigo Maia ignora a crise. Parece que ele vive em um mundo sem crise. Gostaria que não tivesse 'subprime', que o desemprego na Espanha não fosse 25%, com 50% dos jovens desempregados. Acho que os gregos saíram nas ruas por alguma festa, os espanhóis também, e não por causa da crise. Esse é o mundo do deputado Rodrigo Maia. Não enfrentamos a maior crise de todos os tempos. É tudo culpa nossa. Acho que eu e a Dilma somos responsáveis pela crise do capitalismo mundial".

Sobre previsões acerca do PIB que não se confirmaram, Mantega acrescentou que “quando começou, em 2011, não imaginávamos uma recaída da crise pelo problema europeu. As projeções que fiz em 2011 se frustraram, assim como as de todos os economistas e institutos. O Focus (pesquisa do Banco Central com o mercado) em janeiro de 2011 previa um PIB de 4,5% para aquele ano e para 2012 também. Quem adivinhou que teríamos recaída da crise? Todo mundo faz revisão. Também fiz previsão equivocada e fazemos revisão ao longo do tempo".

O ministro também fez comparações entre os governos do PT e o de FHC na resposta a Maia. “Em 2011, o crescimento foi de 2,7%, maior do que a média do seu governo". Sobre a inflação, deixou claro que, desde que assumiu o ministério, o IPCA sempre ficou dentro da meta, ao contrário do que houve no governo FHC.  "A inflação era maior até 2003, 2004 e 2005, quando passamos a cumprir as metas, dentro da banda", declarou Mantega.

(Foto: Fábio Pozzebom/ABr)

Nenhum comentário: