Deisy Francis Mexidor
"AS pessoas estão tão fartas das mentiras das grandes mídias, que já não acreditam nelas", disse, em 1º de dezembro, o reconhecido jornalista Ernesto Carmona, ao lançar, no Instituto Internacional de Jornalismo José Martí, a versão em espanhol do livro Proyecto Censurado 2009.
Com Ernesto Carmona, o presidente da União dos Jornalistas de Cuba, Tubal Páez.
O texto, que reúne as 25 histórias mais silenciadas dentro dos Estados Unidos pela grande imprensa, é uma impressionante denúncia contra a forma em que hoje "somos vítimas das notícias fabricadas pelos meios de comunicação estadunidenses", assinalou Carmona, também prefaciador e tradutor do texto.
Este é o valor desta pesquisa, porque "todas as notícias que ocultam os grandes grupos midiáticos dos EUA, afinal, também são escondidas para os cidadãos do mundo inteiro", precisou.
O título é publicado pela primeira vez em espanhol pela editora suíça Timeli e foi muito bem acolhida na recente 4ª Feira Internacional do Livro da Venezuela.
Peter Phillips, sociólogo norte-americano, é o continuador deste projeto, nascido há 32 anos na Universidade Sonoma State, da Califórnia, após o famoso escândalo Watergate, que lhe custou a cadeira presidencial a Richard Nixon. Atualmente, a iniciativa está vinculada com 25 centros do ensino superior.
"As páginas de Proyecto... alimentam-se daquelas informações aparecidas nos pequenos meios independentes que noticiam o que o poder midiático esconde", comentou Carmona. É fruto do trabalho paciente "de uma equipe de estudantes, acadêmicos e pesquisadores".
A obra contêm também um resumo dos fatos mais importantes da América Latina, que durante as últimas três décadas, não tiveram cobertura jornalística, criando assim "uma motivação para pesquisar e ler mais sobre nossa recente história ", apontou.
Proyecto Censurado 2009 publica-se anualmente e tem no total 500 páginas; em Havana foi lançado o Capítulo I, dedicado precisamente às 25 histórias jornalísticas não reveladas à opinião pública mundial em 2008.
Na edição do passado ano, foi incluído o caso dos Cinco antiterroristas cubanos, presos em cárceres norte-americanos desde 1998. •
Fonte: GRAMNA.
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