Há dois mil anos, os discípulos de Pitágoras decidiram que tudo no Universo deveria ser expresso como raízes de números inteiros. Os números irracionais eram considerados um escândalo, e os negativos, um absurdo.
Apesar de serem amplamente utilizados desde pelo menos meados de 1500 -- principalmente para representar dívidas --, os números negativos eram contestados por muitos matemáticos, que alegavam falta de lógica para quantidades inferiores a zero.
As raízes quadradas de números negativos eram vistas como "imaginárias" e consideradas por muitos como "sem sentido", uma vez que os números positivos e negativos quando multiplicados por eles próprios dão resultados positivos.
No final do século XIX os números irracionais, negativos e imaginários foram amplamente aceitos, mas ainda havia muitas controvérsias a seu respeito. Uma delas se referia à "aritmética transfinita", desenvolvida pelo matemático alemão Georg Cantor.
Entre 1910 e 1913 Bertrand Russell e Alfred North Whitehead publicaram um livro em três volumes chamado "O Princípio da Matemática", no qual tentaram resolver alguns paradoxos que resultaram do trabalho de Cantor. Seu principal objetivo, no entanto, era fornecer uma base sólida para todos os matemáticos. Mas o livro foi considerado muito enfadonho: só na página 83 do segundo volume eles provaram que 1+1=2.
Fonte: Opinião e Notícia.
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