quinta-feira, 20 de agosto de 2009

PETRÓLEO - NYT defende o atual marco regulatório.

“NEW YORK TIMES” DEFENDE O ATUAL MARCO REGULATÓRIO E A EXPLORAÇÃO PREDATÓRIA DO PRÉ-SAL

O jornal norte-americano `The New York Times`, por meio da sua sucursal no Rio de Janeiro, notadamente pelo jornalista Alexei Barrionuevo, reconhece a crescente luta da sociedade brasileira em defender a rica região do pré-sal com vistas a atender os interesses da Nação brasileira. A matéria destaca que `diante da mais importante descoberta de petróleo do mundo em anos, o governo brasileiro está buscando recuar de mais de uma década de cooperação estreita com as companhias de petróleo estrangeiras e controlar mais diretamente a extração`.

A publicação destaca que tal medida representa `um impulso nacionalista para aumentar os benefícios obtidos pelo País com seus recursos naturais e cimentar sua posição como potência global. Mas isso poderia retardar significativamente o desenvolvimento dos campos de petróleo, em um momento em que o mundo está à procura de novas fontes de energia, disseram analistas de energia e de risco`.

Com isto, o jornal norte-americano reforçou o lobby que prega a produção açodada dos nossos campos petrolíferos. Uma produção assim causa vários problemas: 1) O pré-sal acaba em 13 anos, quando pode durar 40; 2) A entrada brusca de dólares no País, sobrevaloriza o Real e inviabiliza os demais segmentos exportadores; e 3) Teremos duas doenças: a holandeza, que fica com a economia arrazada e dependente do petróleo; a nigeriana, que vendeu o petróleo barato, não erradicou a pobreza e hoje importa petróleo cada vez mais caro. A campanha `O Petróleo Tem que Ser Nosso`, bem como autoridades brasileiras, congressistas e lideranças preocupadas com a soberania do País sobre as áreas petrolíferas tem demonstrado que todas as descobertas de importância no setor petróleo ocorreram sob a égide da Lei 2004/53, não da atual Lei 9478/97, que tanto agrada as multinacionais e ao mercado, na medida em que tratam o petróleo como um produto qualquer (commodities). Por isto, o Times fala em fala que a mudanças no atual marco regulatório pode significar `retardar significativamente o desenvolvimento dos campos`... Tal afirmativa nos remete para a uma importante questão defendida por especialistas brasileiros que tem como preocupação a soberania do Brasil sobre o pré-sal. Ou seja, tendo em vista a importância estratégica de tais campos e de que o mundo vive um descompasso entre demanda e oferta por petróleo, o mais correto e estratégico para o País é evitar a visão predatória na exploração do pré-sal, entre outros campos.

A exploração deve seguir uma política energética soberana, de acordo com os interesses nacionais, não com os interesses dos mercado. A matéria parece um relatório de um jornalista norte-americano [do exterior, o Brasil] falando para as autoridades e público norte-americanos, cheios de esperanças de que o Brasil continue com o atual marco regulatório, permitindo que as multinacionais continuem explorando as áreas petrolíferas brasileiras.

`O Petróleo Tem que Ser Nosso` - O ponto alto da matéria foi as declarações do presidente da Petrobrás, José Sergio Gabrielli, que, segundo a matéria, afirmou que o País vive num clima de nacionalismo, mas que `não é um nacionalismo contra os estrangeiros`, mas sim um debate sobre a velocidade do desenvolvimento, quem ficará com a maior parte do fluxo da receita e quem se beneficiará da tecnologia e conhecimento relacionados. O texto teve que reconhecer os esforços das lideranças nacionais, em especial quanto a campanha `O Petróleo Tem que Ser Nosso`, notadamente quanto ao lançamento do filme `O Petróleo Tem que Ser Nosso – Última Fronteira`, a presença da presidente do Modecon, Maria Augusta Tibiriçá, entre outros. Lembrou, também, a importância do Presidente Getúlio Vargas na instituição do monopólio estatal do petróleo e na criação da Petrobrás, bem como destacou a criação da CPI da Petrobrás.

(Redação)/AEPET

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