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O presidente da Bolívia, Evo Morales, foi nomeado no sábado (30) pela Assembleia Geral da ONU "Herói Mundial da Mãe Terra". O reconhecimento foi entregue pelo presidente da entidade, o nicaraguense Miguel D'Escoto.
Em uma cerimônia realizada no Palácio Quemado, sede do governo boliviano, em La Paz, Morales recebeu de D'Escoto uma medalha e um pergaminho, no qual havia um texto que reconhece o presidente, primeiro indígena a governar o país, como "o máximo expoente e paradigma de amor à Mãe Terra".
Segundo o presidente da Assembleia da ONU, que também é sacerdote e já foi chanceler da Nicarágua, a distinção se deve ao trabalho do boliviano para preservar os valores dos povos originários.
"Sua mensagem tem um grande impacto. A mensagem que ele nos trouxe é a de que não devemos tratar a Terra como mercadoria, porque nós necessitamos dela e ela necessita de nós", afirmou.
A ideia de conceder a distinção a Morales, revelou D'Escoto, partiu de uma iniciativa do rei Abdullah da Arábia Saudita.
Após escutar um discurso do boliviano em defesa da Mãe Terra, o líder saudita sugeriu convocar uma reunião da Assembleia Geral da ONU para discutir maneiras de resgatar conceitos ancestrais a fim de combater a mudança climática.
Ao receber a medalha e o pergaminho, Morales agradeceu às Nações Unidas e dedicou o reconhecimento aos povos originários e antepassados, que segundo ele sempre defenderam os direitos da Mãe Terra.
"Este não é um reconhecimento para Evo Morales, mas a nossos antepassados, aos povos originários que sempre defenderam a Mãe Terra", disse.
Até hoje, somente dois outros líderes haviam sido designados "heróis mundiais" pela ONU. São eles o ex-presidente cubano Fidel Castro, "Herói Mundial da Solidariedade", e o falecido ex-presidente da Tanzânia Julius Nyerere, nomeado "Herói Mundial da Justiça Social".
"O que queremos fazer é apresentar ao mundo estas três pessoas e dizer que elas encarnam as virtudes e valores dignos de serem copiados por todos", ressaltou D'Escoto.
O presidente da Assembleia Geral da ONU lembrou que Morales "foi quem mais ajudou as Nações Unidas a declararem o 22 de abril como Dia Mundial da Mãe Terra".
Em janeiro, o mandatário boliviano conseguiu aprovar em referendo uma nova Constituição para o país, que estabelece um Estado "plurinacional" e contém uma série de artigos relacionados aos direitos dos povos ancestrais e à defesa da Mãe Terra, chamada pelos andinos de Pachamama.
Fonte:Site O Vermelho.
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