quinta-feira, 27 de agosto de 2009

INTERNET- por via rede elétrica deve demorar alguns meses.

Até o momento, sistema é fornecido apenas por fabricantes estrangeiras.

Empresas e universidades realizam testes em algumas cidades brasileiras.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira (25) as regras para o uso da internet via rede elétrica, tecnologia conhecida como "Power Line Communications" (PLC). Segundo especialistas ouvidos pelo G1, porém, a tecnologia ainda deve levar alguns meses para estar disponível comercialmente no Brasil.

Entenda como funciona a internet rápida via rede elétrica

"Uma vez autorizado o plano, as lâmpadas de todas as companhias interessadas vão acender rapidamente. Acredito que o mercado vá reagir rápido, principalmente por ser internet. De hoje a um ano, é possível que já teremos bastante oferta de produtos no Brasil", acredita o professor Marco Antônio Grivet, do Centro de Estudos de Telecomunicações (Cetuc), da PUC-Rio.

Por enquanto, no Brasil, o sistema é fornecido por empresas de origem estrangeira e em fases de teste. Para ser oferecida comercialmente, a internet via rede elétrica (também chamada de BPL, sigla em inglês para broadband over power lines) ainda depende de um acordo entre as empresas de telecomunicações e as concessionárias de energia elétrica.

"A tecnologia não é, ainda, desenvolvida no Brasil. Há alguns fabricantes que fornecem a tecnologia, porém são de origem japonesa, europeia ou americana", diz Marcos de Souza Oliveira, gerente de engenharia do espectro da Anatel.

Segundo ele, existem empresas e universidades com pesquisas sobre o assunto, mas os projetos ainda estão em nível embrionário.

"É possível que, em alguns meses, tenhamos as primeiras experiências em bases comerciais", diz Marcos.

Obstáculos

O início das operações em cada região depende das distribuidoras. Segundo as regras do setor elétrico, as concessionárias só podem prestar serviços de distribuição de energia. Deste modo, não podem operar diretamente os serviços de internet. Se optarem por entrar no negócio, terão de criar uma subsidiária com esta finalidade, informou a Agência Nacional de Energia Elétrica.

Outra questão a ser solucionada é sobre a estabilidade da rede elétrica, que pode afetar a experiência do usuário com a PLC. "A rede elétrica é muito 'suja'. 'Suja' em termos de ruídos originados pelo uso de outros aparelhos na mesma rede. Todos os aparelhos que passam pela rede elétrica interferem na conexão. Cada vez que se liga o motor de uma geladeira, por exemplo, o uso da internet nessa mesma rede é afetada", explicou Grivet.

"É uma solução caseira, que consegue atingir uma boa velocidade... quando funciona", disparou o professor do Cetuc da PUC-Rio.

Os preços e velocidade desse serviço ainda não estão definidos. Testes já realizados no país mostram que a conexão pode chegar a 21 megabits por segundo (Mbps), mas essa velocidade não será, necessariamente, repassada em sua totalidade para os consumidores.
Fonte:FNDC

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