segunda-feira, 3 de agosto de 2009

VATICANO DIANTE DE UMA DURA DERROTA NA ITÁLIA E EM TODA EUROPA.

Estou publicando essa matéria, porém, como espírita sou contra o aborto.


Os Estados europeus dão seu aval à pílula para o aborto químico até a sétima semana de gravidez que acaba de ser permitida em Roma.

Ferido por uma nova derrota em uma questão em que não admite concessões, o Vaticano reabriu a guerra contra o aborto químico depois que, após a demora de 20 anos de sua aplicação pela feroz oposição da Igreja, foi autorizado o uso do fármaco RU-486 na Itália.

A reportagem é do jornal argentino Clarín, 02-08-2009. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Mas na Europa a batalha está perdida: com excepção da Polônia, da Lituânia e da Irlanda, o aborto químico como alternativa ao cirúrgico é uma realidade já majoritária na França e na Suécia e está se espalhando nas outras nações. Nos EUA, também se afirma a utilização do RU-486, com o nome Mifreprex, enquanto que na Ásia ele é usado comumente, principalmente na China (13 milhões de abortos por ano) e na Índia, os dois países mais populosos do mundo.

A Igreja lembrou, logo após o anúncio da notícia da "liberação" da pílula do aborto químico, que são mantidas todas as medidas que condenam à excomunhão as mulheres que praticam a interrupção da maternidade e os responsáveis indiretos, neste caso, os médicos que receitam e acompanham as pacientes. O Vaticano defende que a pílula, além disso, também é insegura, porque foram registradas 29 mortes de mulheres. O mesmo inventor da RU-486, o francês Etiene-Emile Baulieu, de 82 anos, responde: "Nem todas essas mortes se devem à pílula, e pelo menos cinco casos nos EUA foram culpa do mal uso do tratamento".

Na Europa, vendem-se anualmente 600 mil pílulas que foram fabricadas antes pelo laboratório Roussel-UCLAF da França. Daí vem a sigla "RU" do fármaco. França, Grã-Bretanha e Suécia foram os primeiros a vender o medicamento em 1989, que não deve ser confundido com "a pílula do dia seguinte", chamada Norlevo, que atua nos primeiros dias impedindo a gravidez. Na Itália, o Norlevo é comercializado desde o ano 2000.

A oposição da Igreja está não na insegurança da pílula, mas no fato de que seu uso "banaliza a banal", disse o presidente da Pontifícia Academia para a Vida, Dom Rino Fisichella. Outros grupos católicos indicam o perigo de que as jovens e as mulheres em geral sintam que "é só tomar um copo de água e um comprimido", sem levar em conta que estão matando um feto.

Mas a decisão da AIFA, o órgão que autoriza os medicamentos, é, na realidade, um ato devido, já que em 2007 a Agência Europeia de Medicamentos aprovou a ficha técnica da pílula RU-486. A AIFA permitiu-a nas mesmas condições em que são realizados os abortos cirúrgicos na Itália. As três pílulas que uma mulher deve tomar serão oferecidas em hospitais ou em regime de internação, com uma vigilância especial após a administração da última pílula que provoca a expulsão do feto. O aborto químico deverá ser realizada até 49º dia de gravidez, ou seja, sete semanas.
Fonte:IHU

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