Adital
O Grito das/os Excluídas/os é um movimento social internacional surgido no Brasil. Agrupa trabalhadores/as do campo e da cidade, camponeses sem terra, povos indígenas e afroamericanos, desempregados e subempregados, migrantes, jovens e crianças excluídas/os de seus direitos fundamentais; tem se convertido em um importante espaço de denúncia e luta continental.
Em meio a um panorama cada vez mais incerto para a maioria da população pobre e despossuída do planeta, o Grito já é uma força de denúncia significativa contra o injusto e desumanizador sistema neoliberal e contra as políticas de reajuste econômico que os poderosos dessa aldeia global pretendem impor. Por esse motivo, ganhou espaços de participação, convocatória e construção em inúmeros países do mundo e, em particular, em nossa América, pois dá voz àqueles que a tiveram arrebatada e soma-se aos movimentos sociais que lutam contra a dívida externa, contra os Tratados de Livre Comércio, o Plano Puebla Panamá, a militarização, a xenofobia, o racismo, que ameaçam e exterminam a vida e o meio ambiente, as identidades culturais e a soberania dos povos. Ressalta que as manifestações populares e sociais mostram que o grau de exclusão ainda é grande na América Latina. Mas, também celebra avanços na participação política das/os excluídas/os.
Campanhas
O Grito nas Américas participa de várias campanhas, entre elas, a Campanha Continental contra a Alca-TLC, Dívida e Militarização das Américas. Por isso, é importante reafirmar uma vez mais os objetivos e compromissos já assumidos: lutar pela superação de toda forma de exclusão social; pelo não pagamento da dívida externa; contra o modelo neoliberal que ameaça e extermina a vida e o meio ambiente; contra todas as formas de migração forçada, xenofobia, racismo e por um mundo sem fronteiras; resgatar as dívidas sociais, continuar apoiando a luta contra a Alca, OMC e FMI; contra a militarização estadunidense na América Latina e no Caribe; lutar pela paz e contra a guerra.
Não existe uma única maneira de organizar as mobilizações. A experiência dos distintos países onde o Grito acontece indica que a criatividade dos movimentos sociais faz dessa atividade uma verdadeira manifestação popular que dá voz às/aos excluídas/os da sociedade. Articula-se com organizações e coordenações locais, regionais e nacionais; busca associações com outros movimentos locais envolvidos na mesma luta e também tenta reforçar as dinâmicas continentais, tais como a Vía Campesina, Jubileu Sul, Assembleia dos Povos do Caribe... e motiva o protagonismo e a criatividade das/os excluídas/os; promove ações que chamem a atenção do povo: exposições, apresentações teatrais,debates, caminhadas, celebrações ecumênicas, romarias e vigílias; atividades que resgatem a cultura popular; formas criativas de estar presente nos meios de comunicação social e exposições fotográficas em locais públicos, entre outros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário