Eleições: A esquerda se consolida na América Latina
Gonzalo Sánchez
Adital
As opções "bolivarianas", segundo pesquisas triunfarão nas próximas eleições.
Em outubro e em dezembro, a Bolívia e o Uruguai se preparam para as eleições presidenciais e legislativas de grande importância. Na Bolívia, está em jogo o projeto de mudança de Evo Morales, que tem se caracterizado pela aprovação de uma nova Constituição, que permitiu ao governo de Morales governar a favor dos mais pobres, a maioria na Bolívia.
No Uruguai, se intui uma mudança de rumo uma vez que o favorito nas pesquisas de opinião, José Mujica, é o candidato do governante Frente Amplo, representa a facção revolucionária, integrada pelo Partido Comunista e pelos Tupamaros, desta coalizão de partidos de esquerda. Mujica já falou sobre um processo constituinte que permita desenvolver profundas mudanças e também aposta pela integração latinoamericana.
Tanto Morales quanto Mujica lideram as pesquisas sobre intenções de voto que têm sido publicadas prévias às eleições em seus países. O líder indígena conta com uns 54% de intenção de voto, superando por uns décimos o resultado que obteve em 2005, quando foi eleito por primeira vez. Segunda a mesma pesquisa, elaborada por Ipsos APOYO Opinión y Mercadeo, Morales triunfaria em 6 dos 9 Estados da Bolívia, e nos outros 3 melhoraria os resultados obtidos anteriormente.
Os melhores resultados de Morales seriam obtidos em La Paz (73%), Potosí (69%) e Cochabamba (60%) e os piores em Santa Cruz (25%) e Beni (21%). O candidato em segundo lugar, expulso de seu cargo mediante voto popular, Manfred Reyes Villa, ex-governador de Cochabamba, não supera os 20% de intenções de voto no âmbito nacional.
Segundo esta pesquisa, Manfred Villa não superaria nem os 45% dos votos em lugares que são bastiões da oposição, como Santa Cruz ou Pando, e em todo o Estado não conseguirá superar os 20%.
Quanto à conformação do Parlamento e do Senado bolivianos, estima-se que o MAS (Movimiento Al Socialismo) consiga a maioria em ambas as câmaras, conseguindo o apoio popular definitivo para desenvolver seu programa de governo, já que nas eleições anteriores de 2005 a oposição conseguiu controlar o Senado e desde a Câmara tem freado constantemente as iniciativas do governo de Morales.
A situação no Uruguai é muito parecida; José Mujica, segundo as pesquisas, conta com 45% de intenção de voto, acima do candidato Luiz Alberto Lacalle, do direitista Partido nacional. Segundo as pesquisas de opinião, Mujica supera a intenção de voto dos demais partidos uruguaios juntos e o Frente Amplo conta com boas perspectivas de obter a maioria parlamentar apesar de que a diferença não será tão ampla.
A maioria das pesquisas indicam uma subida de Mujica e de seu Frente Amplo e uma baixada da direita.
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