quarta-feira, 5 de novembro de 2008

ELEIÇÕES AMERICANAS - A satisfação e a esperança de um americano por adoção.

Concordo com o que o Jose escreveu. Também tenho medo que um americano fanático venha assassinar o Obama.Esta tem sido minha preocupação desde que ele foi lançado candidato. Ele pretende enfrentar interesses muito poderosos,como o famoso complexo industrial-militar, mencionado pela primeira vez, no início da década de 60, pelo ex-presidente Eisenhower.Tal complexo é um fomentor de guerras.
Carlos Dória.



Jose Marcos Oliveira

Meus queridos amigos,

É isso aí. Meu candidato será o futuro presidente dos Estados Unidos da América. Todos os artigos que li hoje – notadamente os brasileiros, da ‘Folha de São Paulo’’ – são unânimes em declarar a enorme reviravolta ocorrida. Ele enfrentará desafios enormes, maiores até que seu próprio triunfo. Mas desperta, ao mesmo tempo, um sentimento de alívio e de esperança. Alívio, por termos tirado fora do comando o Bush; e esperança, por trazer a marca de uma possibilidade de redenção a todos nós, simples mortais, que vivemos aqui e que pagamos alto por aqui vivermos. O cidadão americano comum, e mesmo o imigrante que se tornou americano é um grande guerreiro, no geral. O americano comum levanta muito cedo para trabalhar, trabalha duríssimo, vive cansado, tem todas suas dívidas amparadas por cartões de plástico , tem um sistema de plano de saúde desumano, se é que o tem ( incrível, mas verdade) e, pior, não sabe e não tem como fazer poupança. Afinal, o consumo vem em primeiro lugar; e, com isto, a cultura da poupança é relegada. O americano comum está mais preocupado em sobreviver do que em saber sobre a violência das guerras.

Estas são as características de uma população que se exprimiu com força nas urnas.

Ontem, a TV mostrava com intensidade os negros comemorando a vitória nas ruas, chorando, gritando, em estado de êxtase. Do Kenya, foi mostrada a população ansiosa pela confirmação da vitória do primeiro presidente negro. Em Chicago, onde ele deu o seu discurso como candidato já vitorioso, as faces choronas do Pastor Jesse Jackson e da famosa e riquíssima apresentadora de TV – Oprah - , revelavam o contentamento e mesmo a surpresa do momento.

Uma esperança emerge disso tudo. Até onde ela pode ir, o tempo e as ações de Obama dirão.

A preocupação com sua segurança pessoal é muito grande. Temos, todos nós, receio de que não possa concluir seu mandato. Aqui, os fanáticos não hesitam em manifestar sua inconsciência. Contudo, se isso ocorrer – e pedimos a Deus que não -, Obama terá deixado um registro inconteste como 44º. Presidente dos Estados Unidos da América. Apenas o fato de se ter projetado de um estamento social considerado racialmente inferior (?!), demonstra este fato.

Sinto-me feliz não apenas pela esperança, mas também pelas possíveis mudanças que um novo conceito de vida possa trazer. Mudanças que, se satisfatórias para nós, americanos por adoção, serão, por extensão, para todos aqueles homens de ultra-mar, desejosos, carentes por um mundo melhor. E, principalmente, como Obama, dotados de uma enorme boa-vontade em levar um novo evangelho de democracia, de economia, a todos os rincões deste tão sofrido e amado planeta Terra.

Pode ser que os ventos da contradição, com o passar do tempo, venham a neutralizar todos os pensamentos de otimismo de que hoje estamos imbuídos. Porém, creiam-me, a possivel frustração do amanhã não neutralizará a alegria que hoje sentimos em nossos corações. E como, hoje, o estandarte da esperança tremula aqui e nos demais países, que ele possa continuar a tremular nos dias que virão.

God Bless America !

J. Marcos.
( Frater R+C

Nenhum comentário: