14 de abril de 2010, 09:43Havana, 14 abr (Prensa Latina) A violenta campanha midiática anticubana que desenvolvem atualmente os Estados Unidos e seus aliados europeus faz evocar, nestes dias, a similar arremetida publicitária lançada por Washington como operação prévia à invasão pela Praia Girón.
Da mesma forma que no presente abril, no mesmo mês de 1961 viu se elevar ao máximo os decibéis de uma bem orquestrada catarata de propaganda contra a então nascente Revolução Cubana, utilizando para isso todo o controle estadunidense dos meios de difusão.
A decisão de derrocar pela força o governo da ilha rebelde tinha sido tomada com bastante antecedência nas mais altas esferas da administração norte-americana.
Para aqueles que dominavam tradicionalmente a economia e a sociedade cubana resultava impensável que o pequeno país vizinho adotasse suas próprias decisões e tomasse em suas mãos as rédeas de seu desenvolvimento.
Tão cedo como em abril de 1959, depois da entrevista sustentada com Fidel Castro, o então vice-presidente dos Estados Unidos Richard Nixon decretou a urgência de liquidar a Revolução por considerá-la um perigo para os interesses da Casa Branca.
Imediatamente, ao mesmo tempo que se intensificava o apoio aos grupos radicados na Flórida e encarregados das ações terroristas contra Cuba, se iniciou a campanha midiática cujo objetivo era assegurar a futura agressão direta.
Satanizaram as medidas revolucionárias adotadas em benefício popular como a reforma agrária que entregou a terra àqueles que a trabalhavam e a reforma urbana, liquidadora dos chamados latifundiários de casas, exploradores da necessidade popular de moradias.
Imprensa e políticos de numerosos países, unidos ao plano desestabilizador, vincularam a abertura de Cuba às relações com todos os Estados a um suposto ataque da União Soviética ao mais importante bastião capitalista e a seus aliados na América Latina.
Os Estados Unidos virou todo seu poderio de propaganda a convencer o mundo, mediante falsas notícias, da existência de uma rebelião interna do povo cubano e do respaldo a um "governo no exílio" constituído por políticos tradicionais e corruptos.
A estratégia não mudou muito com os anos e contra Cuba se abate agora uma torrente de falsidades sobre sua realidade e o mesmo apoio àqueles que preferem servir à potência inimiga.
No entanto, do Girón de 1961 fica também uma experiência que é bom que ninguém esqueça: a humilhante derrota em menos de 72 horas de um exército rendido ao qual não pôde salvar nem sequer aquela custosa campanha midiática. |
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