sábado, 17 de abril de 2010

ELEIÇÕES - Candidatura Ciro Gomes.

Do blog do LUIS NASSIF.

Candidatura Ciro em fase terminal

Por Alexandre Leite

Ataque de Ciro reduz seu espaço no PSB

Cúpula do partido avalia que sua candidatura avança para fase terminal

Eugênia Lopes – O Estado de S.Paulo

A pré-candidatura de Ciro Gomes (PSB-CE) à Presidência da República se avizinha da fase terminal. A cobrança do deputado para que o PSB entre de cabeça na corrida presidencial, que já era visto com reservas na cúpula do partido, ficou mais difícil de ser atendida após o deputado pressionar publicamente a legenda.

Em artigo postado anteontem em seu site, Ciro cobrou definição do PSB sobre sua candidatura à sucessão de Luiz Inácio Lula da Silva. “A nota do Ciro tem aspectos positivos. Mas ele foi injusto quando fez ressalvas em relação à condução do processo pela direção partidária”, afirmou o vice-presidente nacional do PSB, Roberto Amaral. “Time que tem craque tem de saber que craque não gosta de concentração. Ninguém vai conseguir controlar o Ciro. Ele é um radical livre”, minimizou presidente do PSB de São Paulo, deputado Márcio França.

A Executiva Nacional do PSB reúne-se no dia 27 para bater o martelo sobre a candidatura de Ciro à Presidência e, consequentemente, tentar resolver o problema das alianças estaduais. “Entendemos a angústia do Ciro e a angústia dos Estados, que reclamam por uma postura mais clara do partido”, disse Amaral.

Ele afirmou que, hoje, a candidatura de Ciro não tem recursos nem alianças partidárias. “Não basta decisão burocrática de lançar uma candidatura. É preciso que tenha condições. Tem que ser candidatura para disputar e não apenas para ser uma candidatura complementar ou para ajudar uma outra candidatura”, disse o vice-presidente do PSB.

Integrantes da direção do partido não gostaram do “tom agressivo” de Ciro. A avaliação é que, no partido, o “ambiente piorou” para ele. O deputado pressionou o partido e, em tom de desabafo, subiu o tom das críticas em relação ao próprio PSB. No artigo, intitulado A história acabou?, Ciro perguntou: “O PSB é “um ajuntamento como tantos outros, ou a expressão de um pensar audacioso e idealista sobre o Brasil?”.

A aliados, Ciro confidenciou que decidiu fazer o artigo como forma de lutar por sua candidatura. Argumentou que o PSB pode até desistir de lançar seu nome na corrida presidencial, mas quer deixar claro que a decisão não é dele. No texto, Ciro garantiu que não desistirá da candidatura e fez um desabafo: “A pouco mais de 60 dias do prazo final para as convenções partidárias que formalizam as candidaturas às eleições gerais de 2010, não consigo entender o que quer de mim o meu partido- o Partido Socialista Brasileiro.” O PSB está dividido: parte é favorável ao lançamento da candidatura de Ciro, mas a maioria da cúpula do partido quer fechar aliança em torno da candidatura de Dilma Rousseff.

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