14 de abril de 2010, 07:40Porto Príncipe, 14 mar (Prensa Latina) A primeira-dama dos Estados Unidos, Michelle Obama, continua hoje sua visita ao México, após passar "sorpresivamente" a véspera por esta capital para dizer o que todo o mundo sabe, que Haiti necessita ajuda.
A imprensa internacional tomou a visita da esposa do presidente de Estados Unidos, Barack Obama, como surpreendente, mesmo que o diário digital Haiti Press Network assegurou desde o domingo anterior que a terça-feira estaria em Porto Príncipe para uma estadia com menos de um dia.
No entanto, desde a Casa Branca se empenharam em advertir que Obama iniciaria pelo México seu primeiro percurso internacional sozinho, talvez para distrair a atenção sobre sua presença neste país, devastado por um terremoto no dia 12 de janeiro passado.
Michelle Obama, quem esteve acompanhada por Jill Biden, esposa do vice-presidente Joe Biden, advertiu que "a atenção do mundo -sobre Haiti- começa a reduzir-se", mas não especificou se ocorre o mesmo com os interesses de seu país na nação caribenha.
A primeira-dama sobrevoou em helicóptero a capital haitiana e depois desceu nos jardins do [semidestruido] Palácio Nacional, principal símbolo da destruição do país pelo terremoto de janeiro, que deixou mais de 220 mil mortos.
Mas a visitante não presenciou as cenas que continuamente se observam frente da sede do Executivo, porque os danificados que pululam pelos arredores da mesma foram obrigados a ir embora muitas horas antes.
Em cima disso, centenas de soldados norte-americanos cercaram diferentes zonas da cidade e proibiram o trânsito de veículos nos arredores do Palácio de Governo, apoiados por Missão das Nações Unidas para a Estabilização de Haiti (Minustah).
Para muitos haitianos, a fugazes presença Michelle Obama poderia ser um sinal esperançadora, mesmo que pensam o mesmo cada vez que uma personalidade internacional põe pés na sua terra.
Outros acham que é uma forma de ratificar a influência norte-americana e até imaginam que as tropas acantonadas aqui pretendem manter-se por muito tempo, a julgar pelas obras que constroem onde hoje estão assentados.
Segundo estes, Haiti se transformou em um lugar estratégico para os Estados Unidos, só que não têm a certeza absoluta do motivo.
Alguns como o professor de secundário Didier Lebrere acha possíveis certas versões segundo as quais Haiti conta com uma grande reserva de petróleo e por isso há tantos soldados aqui.
Para Lebrere, não é preciso ser muito inteligente para dar-se conta que algo buscam e se é certo que há petróleo ou gás, eles -os Estados Unidos- quererão ter sua parte.
Outros pensam que algum mineral de importância deve esconder o subsolo haitiano quando há tantos norte-americanos na sua terra, e asseguram que não só os Estados Unidos procura se potenciar, porque o Canadá também anda no mesmo.
No final, Michelle Obama se reuniu com Elizabeth Debrosse, sua homóloga haitiana e visitou alguns lugares antes de tomar um avião e partir para o México, mas sua visita deixou a impressão que buscava algo mais que brindar o habitual apoio das personalidades ao povo haitiano.
Talvez ainda seja muito em breve, mas em poucos meses ou mais um pouco, se conhecerão os verdadeiros interesses de Estados Unidos em Haiti e até o motivo da "surpreendente" visita da esposa de Barack Obama. |
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