A Miriam Leitão do Wall Street Journal
A BBC publica hoje a interessante reprodução de trechos da coluna de Mary Anastasia O’Grady (foto), colunista de economia do conservadoríssimo Wall Street Journal, que pelo nome já revela suas fidelidades.
A Miriam Leitão de lá, como a de cá, desmancha-se em elogios a Fernando Henrique Cardoso e, de Lula, diz que “uma revisão de sua gestão revela que a melhor coisa que ele fez como chefe-executivo do país foi nada”. Aliás, para ser justo, ela elogia duas medidas de Lula péssimas para o país: a abertura do mercado de seguros e a nova lei das falências.
Ela reclama da dificuldade de conseguir licenciamento para obras (por certo, por exigências ambientais), dos impostos, e dos direitos trabalhistas.
E diz que a nova legislação do petróleo é ruim e que “”quanto mais a elite do país fala sobre sua parceria público-privada para reinventar o Brasil com sua recém descoberta riqueza, mais soa como o mesmo velho corporativismo latino”.
O título de seu artigo, criticando uma palestra do empresário Eike Batista, é “Contenham seu entusiasmo com o Brasil”. Embora Mary seja ligada ao empresariado americano, é curioso notar como suas opiniões coincidem com as de sua colega brasileira.
Na mesma BBC, o seu conterrâneo de Washinton, mas não ligado a Wall Street, Riordan Roett, diretor do programa das Américas da Universidade Johns Hopkins, diz que “os velhos acordos internacionais estabelecidos pelas grandes potências, como o de Bretton Woods, que estabeleceu a criação do FMI e do Banco Mundial, em 1944, “estão mortos”.
“O Brasil é agora grande demais para a América do Sul. Ele sempre terá um papel importante a desempenhar nas relações com seus vizinhos. Mas agora pertence a um clube muito diferente do que países como Argentina e Peru. Não haverá uma decisão final sobre Doha sem a participação brasileira. Não poderá haver uma nova arquitetura financeira global sem a presença de Brasil, Índia e China.”
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