Noruega ultrapassa Rússia na exportação de gás natural para a UE
A Noruega tornou-se no maior fornecedor de gás natural para a Europa , destronando a Rússia. As importações da UE de gás norueguês aumentaram 12%, enquanto que as de origem russa diminuíram 10%.
Segundo o último BP Statistical Review, esta inversão deve-se à seguinte combinação de factores: baixa do preço carvão para geração de eletricidade; elevação do preço do gás natural russo; baixo preço do gás natural norueguês, devido a este não estar ligado à flutuação do preço do petróleo.
Será que esta tendência afeta o desempenho económico da Gazprom? Não muito, porque a empresa tem diversificado os seus clientes de gás natural. Mas dá um golpe significativo na projeção geopolítica russa na UE baseada na "arma energética" gasífera.
Com efeito, podemos incluir este evento num rol de outros que sinalizam um início de mudança na política europeia conducente a um maior reforço da sua segurança energética: a Europa (e a Alemanha) está a abrir possibilidades à exploração do shale gas (principalmente no centro da Europa, Espanha e Reino Unido) e está criar enquadramento político para as recentes descobertas de petróleo e gás no Chipre e na Grécia.
Estaremos a caminho de uma Europa mais atlantista na energia?
Fonte: Expresso (PT)
A Noruega tornou-se no maior fornecedor de gás natural para a Europa , destronando a Rússia. As importações da UE de gás norueguês aumentaram 12%, enquanto que as de origem russa diminuíram 10%.
Segundo o último BP Statistical Review, esta inversão deve-se à seguinte combinação de factores: baixa do preço carvão para geração de eletricidade; elevação do preço do gás natural russo; baixo preço do gás natural norueguês, devido a este não estar ligado à flutuação do preço do petróleo.
Será que esta tendência afeta o desempenho económico da Gazprom? Não muito, porque a empresa tem diversificado os seus clientes de gás natural. Mas dá um golpe significativo na projeção geopolítica russa na UE baseada na "arma energética" gasífera.
Com efeito, podemos incluir este evento num rol de outros que sinalizam um início de mudança na política europeia conducente a um maior reforço da sua segurança energética: a Europa (e a Alemanha) está a abrir possibilidades à exploração do shale gas (principalmente no centro da Europa, Espanha e Reino Unido) e está criar enquadramento político para as recentes descobertas de petróleo e gás no Chipre e na Grécia.
Estaremos a caminho de uma Europa mais atlantista na energia?
Fonte: Expresso (PT)
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