sexta-feira, 12 de julho de 2013

O CORPORATIVISMO DAS ENTIDADES MÉDICAS.


ImageFrente ao anúncio do programa Mais Médicos do governo federal, as entidades médicas que já se opunham à vinda de médicos (mesmo com o Revalida) anunciaram agora uma greve geral. Os argumentos deles são descabidos: “exploração profissional”, “vinda de médicos incompetentes”, “impossibilidade de orientar a prática médica”.

O que vemos é a pura má fé nesses argumentos, já que os médicos serão remunerados (e bem remunerados), além de passarem  por exames de competência. Sem falar que hoje os médicos brasileiros até usam teleconferências para dar acompanhamento e o ensino a distância é uma realidade, acompanham diagnósticos e, inclusive, cirurgias via videoconferências quando necessário.

Todos os argumentos caem por terra, já que os serviços serão remunerados e as condições de trabalho – contra as quais as entidades médicas nunca se mobilizaram, basta lembrarmos o silêncio delas ante o fim da CPMF – serão viabilizados a partir da pressão popular e da fiscalização dos órgãos públicos, conselhos de saúde ou instituições como o MP.

Também não vale dizer que o programa não foi discutido, até porque a discussão e aprovação ou não do programa se dará no Congresso Nacional, com amplo acesso às entidades médicas e ao povo em geral.

Legitimidade da medida é inquestionável


A oposição das entidades médicas às duas medidas só se explica pelo corporativismo e ativismo politico, partidário de muitas delas. Um corporativismo e uma oposição política, aliás, que não têm apoio da sociedade brasileira.

Serão repudiados pela maioria dos brasileiros que exigirá das entidades médicas alternativas para os problemas de atendimento médico-hospitalar.  Soluções que o povo exige e tem o direito constitucional, assim como tem à educação e ao transporte públicos de qualidade.

Melhor fariam as entidades médicas se colaborassem e propusessem no Congresso Nacional mudanças e alternativas no programa, em vez de se oporem simplesmente ao programa Mais Médicos, tanto à vinda de médicos estrangeiros quanto à esta nova espécie de residência médica, social e profissional, remunerada, cuja legitimidade social e política, com sentido pedagógico e profissional, é inquestionável.

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