Leia o artigo de Cecília Martins sobre a Cidade Maravilhosa
A próxima guerra mundial pode se dar no ciberespaço, preveniu o chefe da agência de telecomunicações da ONU, enquanto especialistas exigem ações para conter os ciberataques.
“Temos que nos certificar de que todos os países compreendem que, nesta guerra, não há superpoderes”, disse Hamadoun Toure. “A perda de redes vitais poderia rapidamente debilitar qualquer país e nenhum está imune aos ataques”, acrescentou o secretário geral da União Internacional de Telecomunicações. Toure disse que os países se tornaram “criticamente dependentes” da tecnologia para o comércio, finanças, sistemas de saúde, serviços de emergência e distribuição de alimentos. “O melhor jeito de vencer esta guerra é evitar que aconteça”, enfatizou. À medida que a internet se torna cada vez mais hiperlinkada, os crimes e ataques cibernéticos se tornam mais frequentes.
A secretário norte-americano de Segurança Doméstica, Janet Napolitano, disse que vai contratar mil especialistas em segurança na rede para fortalecer as defesas do país contra os ciberataques. A Corea do Sul também anunciou planos de treinar três mil ciberxerifes até o ano que vem.
Carlos Solari, vice-presidente de qualidade, segurança e confiabilidade da Alcatel-Lucent, informa que as fraudes no e-comerce estão atingindo centenas de bilhões.
Para evitar o caos, muitos países se uniram na Parceria Internacional Multilateral contra Ameaças Cibernéticas – IMPACT, na sigla em Inglês, e definiram que este ano seria o de “rastrear e nos defender proativamente contra os ciberataques”. Dos membros da ITU, 37 se associaram e 15 estão com discussões avançadas.
Especialistas dizem que o maior problema é que os softwares e a arquitetura da web têm as mesmas fraquezas de vinte anos atrás. Cristine Hoepers, titular do Cert.br – Núcleo de Estudos, Resposta e Treinamento de Incidentes de Segurança no Brasil, destaca que os profissionais devem ser treinados para desenvolver softwares menos vulneráveis. “As universidades não estão ensinando os alunos a pensar sobre isso. Precisamos transformar nossa força de trabalho, precisamos ir até a Academia, precisamos começar a educar nossos profissionais”, defende a executiva.
Fonte:Opinião e Notícia.
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