Em Honduras, no Chile, no Brasil... Lá como aqui os golpistas têm medo do julgamento da história e do direito internacional, das cortes criminais como a de Haia. No Brasil, uma grande polêmica e resistência ao Plano Nacional de Direitos Humanos e à criação de uma Comissão da Verdade e Justiça. No Chile, a inauguração do Museu da Memória, como o chamou a presidenta Michelle Bachelet, ou Museu da Ditadura, como o chamam os chilenos sobre as lembranças dos sangrentos anos do general Augusto Pinochet gera um fato político.
Em Honduras, no Chile, no Brasil... Lá como aqui os golpistas têm medo do julgamento da história e do direito internacional, das cortes criminais como a de Haia, reconhecida pelo nosso país, mas que os Estados Unidos, por exemplo, não reconhecem, ao contrário de toda a comunidade mundial.
No Brasil, uma grande polêmica e resistência ao Plano Nacional de Direitos Humanos e à criação de uma Comissão da Verdade e Justiça. No Chile, a inauguração do Museu da Memória - como o chamou a presidenta Michelle Bachelet, ou Museu da Ditadura, como o chamam os chilenos sobre as lembranças dos sangrentos anos do general Augusto Pinochet - gera um fato político.
A uma semana do 2º turno da eleição presidencial chilena, o candidato da direita, Sebastián Piñera se queixa que nessa reta final a lembrança na campanha dos crimes da ditadura o prejudica. Ele cai nas pesquisas e o candidato da situação (Concertacion), Eduardo Frei Filho, reduz a diferença nas pesquisas e pode ganhar domingo.
No continente latinoamericano, o de sempre
Em Honduras, os militares e civis, a elite conservadora que domina e controla a vida econômica e política do país, ligada aos republicanos americanos, faz de tudo para legalizar o golpe. Querem convencer o presidente que depuseram, Manuel Zelaya, a aceitar um acordo que o anistia, mas estende o mesmo benefício aos golpistas. Zelaya se mantém firme na recusa.
A última tentativa é a denúncia do Ministério Público (MP) de lá contra os golpistas pela expulsão de Zelaya do país. A Constituição hondurenha proíbe a expatriação, aceita pela Suprema Corte, que alinha entre seus argumentos a aceitação do golpe como legal.
Para tanto, recorre à famosa tese do contragolpe tão ao gosto de nossa direita nos anos 50 e 60, até que conseguiu dar aqui o de 64, exatamente acusando o presidente João Goulart - Jango - de estar preparando um golpe sindicalista-comunista. Naquele ano aqui; no Chile em 1973, com a deposição e morte do presidente Salvador Allende; em Honduras agora, o de sempre: tudo para justificar e legitimar o crime de violar pelas armas a Constituição e a democracia.
Fonte:Blog do Zé
Foto: Acervo Fundação Salvador Allende
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