No insuspeito Estadão de hoje:
Para que a falta de mão de obra qualificada não emperre os planos da Petrobrás com o pré-sal, empresa e governo criaram o Programa Nacional de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo Gás (Prominp), que pretende formar nos próximos três anos 207 mil profissionais. A primeira fase deve qualificar 78 mil pessoas.
Os cursos são realizados em 15 Estados onde há projetos no setor, em parceria com 80 instituições de ensino profissionalizante. A formação oferecida vai desde o nível básico, com cursos do Senai, até nível superior, por meio das universidades públicas. “Nunca vi nada parecido com o que a Petrobrás está fazendo para formar mão de obra”, disse o professor da Escola Politécnica da USP, José Roberto Cardoso.
Para participar dos cursos, é preciso passar por uma seleção. O interesse em que os candidatos estejam preparados é tanto, que a Petrobrás articula com prefeituras cursos básicos, de matemática e português, para que o candidato tenha o melhor aproveitamento. Os desempregados ganham bolsa para estudar. Com 25 estaleiros no País, a indústria naval emprega hoje 45 mil profissionais. Dez anos atrás, eram 2 mil pessoas.
Taí algo para os que louvam a “eficiência” e a “competitividade” das multis petroleiras rebterem. Qual delas ia fazer isso? E notem que não são trabalhadores para a petrobras, diretamente, mas para seus fornecedores e prestadores de serviço. Ia saír um dólar das multis para fazer isso? Ia, sim, uns trocados, só para fazerem marketing de responsabilidade social.
Eles adoram falar que a mão de obra no Brasil pe desqualificada, mas não querem gastar nada para mudar isso. Como eu disse outro dia aqui, querem operário “japonês”, mas querem grátis.
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