quinta-feira, 10 de setembro de 2009

AGRICULTURA - Brasil está desaparecendo em meio a reservas ambientais.

Quem diz isso é o ministro Stephanes, que gosta de fazer terrorismo para defender os interesses do agronegócio.

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, afirmou na Câmara que o Brasil está "praticamente desaparecendo em meio a reservas ambientais e indígenas, áreas de preservação e áreas consideradas prioritárias". Segundo ele, 70% dos território brasileiro não pode ser utilizado para qualquer tipo de produção e ainda há quem queira ampliar esse percentual para 80%.

A notícia é de Juliano Pires e publicada pela Agência Câmara, 09-09-2009.

"Já somos de longe o país mais ambientalista do mundo. O Brasil ainda detém 31% das florestas nativas no mundo, enquanto que a Europa, que financia as organizações não governamentais que atuam na área ambiental no País, tem menos de 2% de sua área preservada", criticou o ministro.

Ele participa do seminário Código Ambiental Brasileiro - Pacto Federativo Ambiental Descentralizado, destinado a discutir o Projeto de Lei 5367/09, do deputado Valdir Colatto (PMDB-SC), que institui o Código Ambiental Brasileiro. O seminário é uma promoção das frentes parlamentares da Agropecuária e de Apoio ao Cooperativismo.

Discussão técnica

Segundo Stephanes, as discussões que se travam neste seminário são guiadas pela racionalidade e, principalmente, com base técnica, "enquanto que o ministro do Meio Ambiente [Carlos Minc] e os órgãos ambientais se recusam a ter qualquer discussão do mesmo nível".

"Eles dizem que aceitam mudar tudo, menos aquilo que está em lei. Mas o que buscamos não é uma relativização ou flexibilização, mas sim a correção de alguns erros e excessos ocorridos na legislação ambiental nos últimos anos", defendeu o ministro.

Ele acrescentou também que é preciso esclarecer o que alguns conceitos significam. "Por exemplo, sustentabilidade: é a realidade que temos hoje ou é buscar a realidade que tínhamos em 1500? O que esses ambientalistas querem afinal?"
Fonte:IHU

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