A China é o pior país do mundo, com sua mistura de capitalismo selvagem e tirania atroz.
Empedernidamente stalinista, até a morte do déspota bigodudo só divergia da URSS quanto a interesses nacionais conflitantes.
Empedernidamente stalinista, até a morte do déspota bigodudo só divergia da URSS quanto a interesses nacionais conflitantes.
Mas, adorava aquela deturpação troglodita do socialismo.
Quando Nikita Khruschev denunciou os crimes de Stalin, em 1956, Mao Tsé-Tung se manifestou de forma furibunda contra a liberalização do regime, por ele designada como "revisionismo".
E, com sua revolução cultural, tentaria na década seguinte resguardar a China de quaisquer contágios de idéias libertárias (por mais tímidas que fossem...). Queria manter o país fechado numa redoma, como um bunker de fanáticos.
O maoísmo não sobreviveu a seu criador, mas o que veio depois foi ainda pior: um amálgama com o capitalismo na economia e a manutenção da ditadura do partido único na política.
No processo produtivo, os chineses de hoje estão submetidos a rigores comparáveis aos que padeceram os primeiros proletários nas minas (aqueles abusos denunciados com tanta veemência por Marx!).
E o regime continua tão boçal e atrabiliário que acaba de condenar a 11 anos de prisão um professor de literatura tão somente por haver subscrito um manifesto pedindo reforma da Constituição, eleições livres, pluripartidarismo, liberdade de expressão e de culto.
Repito: reivindicar direitos que os civilizados conquistaram a partir da Grande Revolução Francesa custa 11 anos de prisão na China de hoje! Está dois séculos atrasada e tenta de todas as formas engessar a História.
Não conseguirá, claro.
Quanto à imprensa burguesa, é reveladora sua omissão ante tais descalabros. Parece não ligar muito para a liberdade, quando quem a espezinha é uma nação que mantém sólida parceria com o mundo capitalista...
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