Paz e justiça não têm idade nem raça
Uma senhora judia, nascida na Alemanha e naturalizada americana, iniciou ontem, no Cairo, uma greve de fome para protestar contra a proibição, pelas autoridades egípcias, de uma marcha para Gaza organizada por entidades não governamentais em apoio aos palestinos.
Hedy Epstein, de 85 anos, que sobreviveu às perseguições do regime hitlerista, faria parte, com outras pessoas idosas membros de um grupo que participaria da marcha, conhecido como “As Avós”.
“Nunca fiz isso, não sei como meu corpo vai reagir”, disse Epstein à France Press, sentada em uma cadeira em frente ao escritório da ONU no Cairo, onde centenas de militantes faziam uma manifestação contra a proibição de protestarem pela passagem de um ano da ofensiva militar israelense sobre Gaza.
Nascida em 1924 em uma família judia de Friburgo (sul da Alemanha), Epstein perdeu todos os parentes nos campos de concentração. Ela, no entanto, conseguiu ser evacuada para a Grã-Bretanha em maio de 1939. Desde 1970, percorre o mundo para contar sua história.
Tomara que convençam D. Hedy a desistir deste protesto. Frente a tantas mesquinharias, o mundo não pode perder alguém que, na fragilidade de seus 85 anos, é forte ainda para tomar uma atitude para mostrar que todas as pessoas têm direito à paz e à justiça, independente de raça, nacionalidade ou credo religioso.
Blog " O Tijolaço ", do Brizola Neto.
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