A extrema-direita americana não consegue esconder sua frustração com o pronunciamento, ontem, do presidente Barack Obama sobre segurança nacional em resposta ao episódio do nigeriano (procedente do Iêmen) que no dia de Natal tentou usar uma bomba incendiária a bordo do vôo da Northwest na rota Amsterdã-Detroit.
Os conservadores estavam babando na expectativa de que Obama embarcasse na truculência à la Bush e viesse com novas medidas antiterrorismo, como as adotadas pelo ex-presidente, muitas das quais ilegais e que desrespeitavam os direitos humanos.
Obama foi sereno: cobrou dos órgãos responsáveis que revejam seus procedimentos por maior segurança até o fim dessa semana. E não promoveu caça às bruxas, nem demitiu ninguém, apesar de admitir que as agências de inteligência sabiam o suficiente para evitar a tentativa de explodir o avião, mas falharam, não por falta de informações, mas por não as compartilharem.
Na realidade, o que enfureceu mesmo os conservadores americanos foi o fato de seu presidente reiterar que o episódio e a suspensão temporária da devolução de presos ao Iêmen (metade dos detidos em Guantánamo são desse país) não interferem em sua determinação de fechar esse centro de detenção americano na baía de Cuba.
No fundo, todo esse noticiário não passa de encenação. Obama, seus conservadores, os EUA enfim, aproveitam o episódio para esconder seu fracasso no Afeganistão e no Iraque e o crescimento da rede da Al Qaeda.
Fonte:Blog do Zé Dirceu
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