Coloquei as aspas no terrorismo porque acho simplista demais chamar de terroristas os atos, mesmo os mais condenáveis do ponto de vista humano, praticados por pessoas que resistem à invasão militar de seu país. Mas, para efeito de raciocínio, vamos aceitar que essa classificação genérica que a mídia dá e pensar em uma coisa a qual, até agora, nenhum analista chamou a atenção: vocês repararam como, desde que começou o desgaste da imagem mundial de Barack Obama têm recrudescido, depois de terem diminuído muito nos primeiros meses do ano?
A esperança que se despertou no mundo com a eleição de Obama foi imensa. Idem o crédito de confiança que recebeu, especialmente fora dos EUA, para que as mudanças da relação entre esta superpotência e as nações do mundo se modificasse. Ações violentas perderam, temporariamente, o discurso político com que pretendem se sustentar.
À medida, porém, que se repetem as práticas dos Estados Unidos que ignoram o mundo e praticam o unilateralismo nas suas relações político-econômicas com o planeta, essas situações deploráveis vão se reacendendo.
E a resposta, claro, passam a ser novos passos restritivos e policialescos dos (e nos) Estados Unidos em nome da tal “guerra ao terror”.
Um círculo vicioso que só leva o mundo à tensão e aos resssentimentos.
Estes tempos mostram, entretanto, para aqueles que quiserem ver, que a arma eficiente contra o terror é política, não militar ou policial. Durante meses, mesmo com a manutenção de situações bélicas em diversas partes do globo terrestre, aqueles incidentes diminuiram quando se pôde acreditar que as questões seriam enfrentadas com um mínimo de respeito aos demais povos e nações e não sob a ótica exclusiva dos interesses norte-americanos.
A decepção com Barack obama em Copenhaguen, reconhecida até mesmo pela mídia pró-americana, foi o último passo nessa errônea direção. E não há sinais que ela vá mudar, infelizmente.
Fonte: Blog "Tijolaço" do Brizola Neto.
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