segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

EUA - O desgaste de Obama e o "terrorismo".

Se o mundo passar a acreditar que a política de Obama não difere da de Bush, as reações a ela serão cada vez mais parecidas

Se o mundo passar a acreditar que a política de Obama não difere da de Bush, as reações a ela serão cada vez mais parecidas

Coloquei as aspas no terrorismo porque acho simplista demais chamar de terroristas os atos, mesmo os mais condenáveis do ponto de vista humano, praticados por pessoas que resistem à invasão militar de seu país. Mas, para efeito de raciocínio, vamos aceitar que essa classificação genérica que a mídia dá e pensar em uma coisa a qual, até agora, nenhum analista chamou a atenção: vocês repararam como, desde que começou o desgaste da imagem mundial de Barack Obama têm recrudescido, depois de terem diminuído muito nos primeiros meses do ano?

A esperança que se despertou no mundo com a eleição de Obama foi imensa. Idem o crédito de confiança que recebeu, especialmente fora dos EUA, para que as mudanças da relação entre esta superpotência e as nações do mundo se modificasse. Ações violentas perderam, temporariamente, o discurso político com que pretendem se sustentar.

À medida, porém, que se repetem as práticas dos Estados Unidos que ignoram o mundo e praticam o unilateralismo nas suas relações político-econômicas com o planeta, essas situações deploráveis vão se reacendendo.

E a resposta, claro, passam a ser novos passos restritivos e policialescos dos (e nos) Estados Unidos em nome da tal “guerra ao terror”.

Um círculo vicioso que só leva o mundo à tensão e aos resssentimentos.

Estes tempos mostram, entretanto, para aqueles que quiserem ver, que a arma eficiente contra o terror é política, não militar ou policial. Durante meses, mesmo com a manutenção de situações bélicas em diversas partes do globo terrestre, aqueles incidentes diminuiram quando se pôde acreditar que as questões seriam enfrentadas com um mínimo de respeito aos demais povos e nações e não sob a ótica exclusiva dos interesses norte-americanos.

A decepção com Barack obama em Copenhaguen, reconhecida até mesmo pela mídia pró-americana, foi o último passo nessa errônea direção. E não há sinais que ela vá mudar, infelizmente.

Fonte: Blog "Tijolaço" do Brizola Neto.

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