quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

HAITI - Fronteiras fechadas para os haitianos

Milhares de haitianos, desesperados, tentam fugir do país pelo mar

Do jornal espanhol Público, em matéria assinada pela correspondente Isabel Piquier, em Nova York:

“Há vários dias em Porto Príncipe e em outras partes do país, um avião da Força Aérea americana transmite por alto-falantes uma mensagem gravada em alto-falantes na língua local, o creole, o embaixador do Haiti em Washington, Raymond Joseph.

“Não se precipitem a embarcações para fugir do país. Se você o fizer, terá muitos mais problemas. Porque eu vou ser honesto com você, se você pensa que a América irá abrir as portas de par em par, você está errado. Eles os vão interceptar e devolver ao país”, diz a gravação, segundo o site do Departamento de Estado.

Atualmente não há sinais de imigração em massa, mas apenas no caso, os Estados Unidos resolveram se preparar. A primeira coisa que fizeram foi para esvaziar suas prisões. Entre 250 e 400 imigrantes ilegais provenientes de outros países e detido no Centro Krome, prisão federal em Miami, para aqueles que aguardam deportação foram transferidos para outras instalações para dar espaço para possíveis sobreviventes do terremoto.

O The New York Times nesta terça-feira que Washington está inclusive negando vistos para várias lesões graves que poderiam ser tratado em Miami, disse ao jornal O Dr. William O’Neill, reitor da faculdade médica local.

A Guarda Costeira tem relançamento da Operação Sentinela em alerta, projetado em 2003 para combater a chegada maciça do Caribe – de Cuba, leia-se também. “Não há nenhum incentivo para pessoas tentarem entrar ilegalmente nos Estados Unidos por via marítima”, esclareceu um porta-voz do Departamento de Segurança Interna. “Nosso objetivo é proibir a entrada e repatriamento delas”, acrescentou.

O governo Obama decidiu, no entanto, ser solidário com os haitianos ilegais que estão em solo americano. Na última sexta-feira concederam um status de proteção temporária para de 30 a 50.000 haitianos sem documentos que se estima viverem no país, principalmente na Flórida. Nos centros de acolhida em Miami, há centenas de pessoas fazendo fila para preencher os papéis que lhes permitam permanecer nos EUA por 18 meses.”

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