Fidel em uma de suas últimas reflexões, ficou indignado pelo fato dos Estados Unidos darem o nome do herói nacional cubano, Jose Marti, à rádio que faz propanda contra o governo cubano.
A Associated Press teve acesso a um relatório do Departamento de Estado americano, ainda não divulgado oficialmente, sobre o Office of Cuba Broadcasting, órgão que administra a TV e rádio Martí. Os veículos transmitem da Flórida programação voltada à população cubana. O objetivo do documento é avaliar as operações de propaganda dos EUA em Cuba e servir de base para o debate no Congresso sobre o financiamento de programas relacionados ao país.
O relatório cita um aumento do sinal da TV Martí em Cuba, mas as evidências para tal conclusão não são expostas. Ainda que análises de anos anteriores tenham incluído dados sobre o número de ouvintes e telespectadores, o estudo anual, conduzido de janeiro a março de 2007, não traz este tipo de informação. Segundo Alberto Mascaro, diretor do Office of Cuba Broadcasting, é quase impossível conduzir pesquisas sobre os padrões de audiência na ilha comunista com resultados precisos.
Críticas e recomendações
A rádio e TV Martí pede US$ 33 milhões no orçamento para 2008, valor US$ 5 milhões menor do que o recebido no ano passado. Críticos do formato da propaganda americana em Cuba, incluindo os deputados Jeff Flake, republicano, e Bill Delahunt, democrata, há tempos condenam o conteúdo e a administração da emissora: ela é acusada de parcialidade na programação e de empregar aliados políticos. Eles também alegam que estas transmissões são um desperdício de dinheiro, porque normalmente são bloqueadas pelo governo de Fidel Castro.
O relatório do Departamento de Estado faz algumas recomendações, como estabelecer medidas de segurança e controle para garantir que os funcionários do canal sigam os padrões estabelecidos pelo governo americano, criar um plano para fornecer programação após a morte de Fidel Castro, e, finalmente, um plano para competir com a emissora por satélite Telesur, financiada pelo governo da Venezuela. Informações de Laura Wides-Munoz [AP, 20/6/07].
Nenhum comentário:
Postar um comentário