O Brasil é o único país que participou da Operação Condor que não abriu os arquivos da ditadura.
Carlos Dória
Procuradoria abre ações contra sete ex-autoridades da ditadura O Ministério Público Federal ajuizou ontem representações em São Paulo, no Rio e em Uruguaiana (RS), pedindo a abertura de inquérito contra ex-autoridades do regime militar acusadas de assassinato e seqüestro. Duas ações envolvem a Operação Condor -o esquema de repressão política entre ditaduras da América do Sul.As ações foram movidas pelos procuradores Eugênia Augusta Fávero e Marlon Alberto Weichert. Em Uruguaiana, o pedido se refere ao desaparecimento de Lorenzo Ismael Viñas, seqüestrado em 1980. No Rio, ao seqüestro do também ítalo-argentino Horácio Domingo Campiglia e da argentina Monica Susana Pinus de Binstock. Ambos foram presos por agentes da PF em 1980, entregues às autoridades argentinas e desapareceram.São acusados o coronel Carlos Alberto Ponzi, então chefe da segunda seção do Estado-Maior; o secretário de Segurança do RS, João Leivas Job, e o ex-diretor da Divisão Central de Informações, Átila Rohrsetzer.Também estão arrolados o ex-delegado Marco Aurélio da Silva Reis; o ex-superintendente da PF do Rio Agnello de Araújo Britto; o então secretário de Segurança do Rio, Edmundo Murgel, e o chefe do Estado-Maior do 3º Exército, general Luiz Henrique Domingues.Os pedidos de investigação contra militares e civis brasileiros são baseados nas notícias sobre a ordem de prisão decretada pela juíza italiana Luisanna Figliola, em 2007.Em São Paulo, o pedido se refere à apuração do assassinato de Luiz José Cunha, o comandante Crioulo, militante da ALN (Ação Libertadora Nacional).
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