A Associação de Jornalistas do Chile se desculpará ante familiares de vítimas da última ditadura pela participação "culposa e antiprofissional" que tiveram os responsáveis dos principais jornais do país, comportamento que custou a vida de centenas de militantes durante o período em que o general Augusto Pinochet chefiava o governo.
Duas investigações realizadas por membros da Associação determinaram que a categoria adotou condutas antiprofissionais nos casos da chamada Operação Colombo e da "Rinconada de Maipú", dois falsos enfrentamentos organizados pelo regime de Pinochet, com auxílio da mídia local.
A Associação determinou a expulsão de quatro jornalistas que à época trabalhavam no Canal 7 do país, além de um quinto que exercia funções no Canal 13. Também sofreram censura pública profissionais que trabalhavam para os jornais Ultimas Noticias, La Tercera e El Mercúrio. Todos os veículos citados difundiram informações falsas a respeito dos casos acima citados. Alguns jornalistas que sofreriam algum tipo de sanção já estão mortos, mas seus respectivos jornais e emissoras de TV serão responsabilizados.
Na Operação Colombo (1975), a ditadura chilena pretendeu fazer crer que 119 prisioneiros teriam fugido para a Argentina, onde teriam sido mortos em enfrentamentos com militares do país vizinho. A "Rinconada" também foi outra montagem. Um ex-agente do governo afirmou que os seis corpos encontrados na região de Maipú foram levados já mortos para o local, numa tentativa de acobertar seus assassinatos pelos militares.
Fonte: FNDC.
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