domingo, 29 de junho de 2008

ARTIGO - O novo nome da oposição é inflação.

Basta ver o noticiário da TV, ouvir as rádios e ler os jornais. Nossos articulistas de plantão e os comentaristas chapa-amarela, não cansam de repetir que a inflação está subindo e vai subir mais. Com grande satisfação gritam a plenos pulmões que os pobres são os mais prejudicados. Repentinamente todos se converteram a social democracia, sem trocadilho, e estão do lado do povo contra o dragão da maldade, que se chama inflação.

A Folha ganha disparada o troféu ao anunciar, em letras garrafais, que o bolsa família não tira o povo da miséria e da pobreza, esquecendo que o país criou, nos últimos cinco anos, sete milhões de empregos com carteira assinada, uma revolução social de fato. Parte da inflação que vivemos já é produto da remarcação, efeito da histeria produzida pelo noticiário dirigido, que só agrava os efeitos da inflação importada pelas altas do petróleo, alimentos e matéria-prima, e pelos efeitos naturais e esperados do recente crescimento de nossa economia, que produz tensões e elevação de preços de fatores de produção escassos. Nada que os aumentos do investimento e ou a importação não possam resolver, como de fato vinha resolvendo, até o BC decidir, de forma precipitada, aumentar os juros com o claro e direto propósito de diminuir o crescimento econômico, sem nenhuma segurança que impedirá o aumento da inflação, irrisório e dentro da banda da meta de 4,5%.

A inflação dos alimentos tem que ser combatida com mais produção, já que o emprego, a renda e a massa salarial crescem, mas a produtividade cresce mais, pressionando a demanda, mas também estimulando a oferta, sem esquecer que o aumento dos preços dos alimentos aumentará a renda da agropecuária e do agronegócio, estimulando também o consumo e a renda em todo país. Só espero que o dinamismo de nossa economia real se sobreponha ao irrealismo dos gabinetes refrigerados do COPOM e aos interesses que não deixam os juros brasileiros caírem a níveis internacionais.
Fonte: Blog do Zé Dirceu.

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