Cuba recorda retorno de menino seqüestrado nos EUA
Havana, 28 jun (Prensa Latina) Elián González, o menino cubano que permaneceu seqüestrado por parentes muito longínquos nos Estados Unidos durante mais de sete meses, retornou ao seu país há oito anos em um dia como hoje do ano 2000 após intensa batalha.
Tudo começou quando o menor foi tirado ilegalmente da ilha, em 22 de novembro de 1999, numa lancha junto a sua mãe sem o conhecimento nem consentimento de seu pai, Juan Miguel González, com quem compartilhava a custódia do infante.
Três dias depois de sua partida, depois do naufrágio da embarcação, Elián e outras duas pessoas foram resgatadas por pescadores em águas próximas à Flórida, convertendo-se assim nos únicos sobreviventes das 14 pessoas que iniciaram a viagem.
Depois de receber atenções médicas, o menor foi posto ao cuidado de seu tio-avô paterno Lázaro González, que residia em Miami e que pouco tempo depois, em franca cumplicidade com a máfia anticubana, opôs-se a toda tentativa de devolver Elián ao seu país de origem.
Enquanto Lázaro González iniciava o que mais tarde viraria seqüestro, o pai de Elián solicitou imediatamente sua repatriação, ato que foi respaldado pelo governo e povo cubanos.
Ante o silêncio das autoridades dos Estados Unidos, em 5 de dezembro de 1999 jovens das Brigadas Técnicas Juvenis protestaram em frente ao Escritório de Interesses desse país em Havana (SINA), contra a retenção do menino, iniciando assim uma intensa luta por seu retorno.
Pese à oposição dos parentes longínquos de Elián para que ele voltasse à ilha, o Serviço de Imigração e Naturalização (INS) dos Estados Unidos reconheceu, em 5 de janeiro de 2000, o direito de pátria potestade de Juan Miguel sobre seu filho.
Enquanto isso, acrescentavam-se as multitudinárias manifestações em toda a nação caribenha para reclamar a volta do pequeno de Cárdenas, enquanto na Flórida se recorria a manobras rábulas para impedi-lo.
Finalmente, a rejeição definitiva do Tribunal Supremo dos Estados Unidos de analisar um novo pedido de asilo político dos seqüestradores, abriu o caminho final, depois de sete meses de intensas batalhas, ao retorno de Elián à terra que o viu nascer.
Fonte: Prensa Latina.
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