segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

MÍDIA - COP - 15: falta informação.

Copiado do blog " Tijolaço ", do Brizola Neto.
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Midia brasileira na COP-15: falta informação

telesurA leitora Maria Lúcia faz um comentário neste blog que acho justo democratizar, trazendo para um post. Diz ela que “na imprensa internacional e na brasileira os fatos não ficavam claros e parecia que o Brasil tinha tomado uma posição a reboque dos Estados Unidos”. E indica uma matéria da Telesur, da qual traduzo e reproduzo alguns trechos abaixo. E ela reclama, com toda a razão, que “agora para que a gente possa saber o que o Governo do Brasil pensa ou diz tem que se informar na mídia venezuelana”.

Tem toda a razão, é muito fraco o noticiário veiculado pelos canais estatais brasileiros. Fortalecê-los, modernizá-los e, sobretudo, dar-lhes um fomato mais aberto, com os recursos que a internet possibilita, é uma imposição para a democratixação da informação. Ontem, impressionou-me muito que a coluna da Miriam Leitão, enviada de O Globo à Conferência, em meio a esta enorme frustração mundial, fosse toda ocupada em críticas à atuação de Dilma Roussef no encontro.

Leia trechos da matéria indicada por Maria Lúcia:

Brasil responsabiliza EUA por fracasso em Copenhague

O governo do Brasil responsabilizou, ontem, os Estados Unidos por acabar com as esperanças do mundo e ameaçar a vida humana com a imposição de um acordo impensado, gerado por um pequeno grupo de países , pelas costas dos representantes de mais de 190 países representados na Cúpula sobre Mudança Climática.

A posição do país sul-americano, foi expressa pelo ministro do Meio-Ambiente, Carlos Minc, em apoio à rejeição do documento, por cinco países, após a sua apresentação pelo presidente da COP-15, o Primeiro Ministro da Dinamarca, Lars Loekken Rasmussen, no último dia de sessão, incluindo a Venezuela, Cuba e Bolívia.

O ministro observou que os Estados Unidos, historicamente o maior poluidor do ambiente, foi o responsável pelo “fiasco” em Copenhague, pela recusa em assumir um compromisso formal de reduzir as emissões de gases causadores do efeito-estufa. Ele comento, na capital dinamarquesa, que” o texto final (da Conferência) deixou muito a desejar. “Hoje é um dia triste, cheio de frustração” disse Minc, lamentandoe ” apesar de todo o esforço que o resultado é muito pequeno, o frente às necessidades do mundo “.
(…)
O debate que precedeu a assinatura do acordo alcançado na Coferência foi difícil e, finalmente, o Sudão – que estava sozinho na sua posição entre os países da África – acusou os promotores do acordo de promoverem um “holocausto” e de quererem condenar à morte “milhões de pessoas.”

Após a reunião com cerca de 30 dirigentes políticos para definir o texto final do do “acordo”, não mandatório, o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, disse que estava desapontado e comparou a negociação com as de seus tempos de sindicalista, quando ele tinha de se conforntar com empresários.

O presidente da Bolívia, Evo Morales, por sua vez, disse que o acordo foi “antidemocrático”, ignorando a maioria, enquanto seu colega da Venezuela, Hugo Chávez, disse que o texto foi produzido pelo “império” americano.”

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