Requião ameaça colocar ruralistas na cadeia | |
O governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), ameaçou prender os ruralistas que vierem a protestar durante a inauguração, no próximo sábado, na antiga multinacional Syngenta, do Centro de Ensino e Pesquisa em Agroecologia Valmir Mota de Oliveira, em SantaTereza do Oeste. A manifestação está sendo organizada pela Sociedade Rural do Oeste (SRO), que não aceita a homenagem ao sem-terra Keno. O presidente da entidade Alessandro Meneghel garante que o ato público vai acontecer. A reportagem é do jornal O Paraná, 03-12-2009. O aviso do governador ocorreu ontem à tarde durante cerimônia de entrega de um caminhão ao Corpo de Bombeiros, em Cascavel. Perguntado sobre o protesto dos ruralistas, Requião foi incisivo. “Eu vou pô-los na cadeia se eles (ruralistas) atravessarem o meu caminho”, reagiu o governador, que tem se declarado um aliado do movimento sem-terra. A ameaça de Requião, porém, não intimidou o presidente da SRO, que tem se notabilizado pela luta pacífica ou não em favor dos produtores rurais da região Oeste. “Ele (Requião) vai ter que prender todo mundo porque nós vamos manter a manifestação pacífica. É bom lembrar que a ditadura acabou e o governador não é o dono do Estado”, disparou Alessandro Meneghel. Ele lembrou ainda que a Constituição Federal prevê o direito do cidadão de se manifestar pacificamente. “Aqui não tem filho de pai assustado. Vamos manter o ato porque não concordamos com a política agrária do Estado e o apoio que ele dá ao MST. Quem produz nesse País são os produtores rurais e não os sem-terra”, frisou. De acordo com Meneghel, o governo tem se equivocado em relação ao apoio ao MST, que ele classifica como um movimento criminoso, citando como exemplos o desmatamento no Assentamento Celso Furtado, em Quedas do Iguaçu. Meneghel espera reunir cerca de mil produtores no ato público. O Centro de Ensino e Pesquisa em Agroecologia que opõe o governo e os ruralista fica na antiga Syngenta, em Santa Tereza do Oeste. O local foi palco em outubro de 2007 de um confronto entre sem-terra e seguranças da multinacional. O ataque resultou nas mortes do líder do MST, Valmir Mota de Oliveira, que dá o nome a unidade, e do segurança Fábio Ferreira. A área de 123 hectares foi doada pela empresa para o Estado, que, além do centro de pesquisa, instalará um Centro de Agricultura Orgânica. |
Carlos Augusto de Araujo Dória, 82 anos, economista, nacionalista, socialista, lulista, budista, gaitista, blogueiro, espírita, membro da Igreja Messiânica, tricolor, anistiado político, ex-empregado da Petrobras. Um defensor da justiça social, da preservação do meio ambiente, da Petrobras e das causas nacionalistas.
sábado, 5 de dezembro de 2009
REQUIÃO AMEAÇA COLOCAR RURALISTAS NA CADEIA.
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