COP-15. Nem mesmo acordo “meia-boca”
Nem mesmo o documento esboçado pelos Estados Unidos, China, Brasil, Índia e África do Sul na noite de ontem deve ser reconhecido como resultado da 15ª conferência da ONU sobre o clima. Sudão, Venezuela, Bolívia, Cuba, Costa Rica, Nicarágua e outros países pobres recusaram o texto, sem metas ou obrigações.
O representante da pequena ilha de Tuvalu, que está sendo inundada pela elevação do nível do mar foi o primeiro a pedir a palavra, pouco depois de o presidente da reunião, o primeiro-ministro dinarquês, Lars Loekke Rasmussen, ter suspendido a plenária por uma hora, “para apreciação do texto”.
“Em termos bíblicos, parece que estão nos oferecendo 30 dinheiros para trair o nosso povo. Nosso futuro não está à venda. Lamento informá-lo de que Tuvalu não pode aceitar este documento”.
Bastaria a discordância de um país para que o documento não pudesse ser tido como resultado oficial. Há mais de uma dezena discordando. Não haverá documento formal da COP-15. O que se acertou ontem pode ser um compromisso das nações que concordaram, não um pacto mundial.
Como eu disse ontem à noite, as coisas não podem mais ser feitas “no tranco”.
Fonte: Blog Tijolaço
Nenhum comentário:
Postar um comentário