Pois bem, funcionou ao contrário: a caderneta bateu recorde em 2009. Os depósitos superaram os saques em R$ 30,4 bilhões no ano passado. Dados do Banco Central indicam que este é o segundo maior volume de superação (entre depósitos e saques) desde 1995, atrás apenas do recorde de R$ 33,4 bilhões obtido em 2007.
Os fundos de investimentos, ao contrário do que se previa, não tiveram queda, cresceram também: sua captação líquida foi de R$ 87,63 bilhões em 2009 e o volume bruto atingiu seu maior valor histórico - R$ 1,41 trilhão. Na área habitacional o volume de empréstimo também cresceu: dos R$ 30,8 bilhões disponíveis, R$ 19,626 bilhões foram contratados, ou seja, mais 48% no comparativo com 2008.
Burocracia e inadimplência
No setor de saneamento, um fracasso: do orçamento de R$ 7,6 bilhões em 2009 do ano passado, só foi contratado R$ 1, 046 bilhão, ou seja, 72% a menos do que no ano de 2008. Já na área de infraestrutura urbana, em conseqüência da crise internacional e da retração do BNDES - o agente financeiro mais importante do setor - o resultado foi nulo, não houve empréstimos.
Nesse campo, continuamos sem resolver os problemas financeiros e de gestão das empresas estaduais e municipais de saneamento que por isso não podem tomar empréstimos. A realidade nua e crua é que muitas estão simplesmente insolventes ou inadimplentes com o governo federal.
A realidade é que continuamos convivendo com os velhos problemas da burocracia e da inadimplência das empresas públicas de saneamento e com a falta de projetos ou mesmo da judicialização das licitações e obras públicas. Sem falar nos problemas ambientais e administrativos, e nos de controle e fiscalização que, via de regra, travam nossos programas de infraestrutura.
Fonte: Blog do Zé Dirceu
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