sexta-feira, 16 de maio de 2008

ARTIGO - Jânio de Freitas na FSP

Tudo é pretexto para derrubar o Lula. Querem criar uma crise militar, não entendem que os tempos são outros.

"Os fatos sem reservas"

_ É um clima conhecido, cuja última presença, silenciosa, deu-se durante a fermentação que levou ao afastamento de Collor. Já há quem faça a ponderação (advertência?) de que, em caso de decisão do Supremo favorável à reserva homologada por Lula, será muito "mal recebida no Exército", velha expressão de um só sentido. A divergência põe em xeque mais que as teses da defesa territorial e da proteção dos indígenas. O mais importante está explícito em seqüência de fatos muito claros. No cenário histórico do Clube Militar, o primeiro ato deu-se com a inesperada palestra de um general exaltado contra ato do presidente da República. Para a última semana foi programada outra, valendo-se do aniversário do Colégio Militar. À última hora, foi sustada. No terceiro ato, políticos e arrozeiros foram recebidos dentro de um batalhão para manifestação. O general principal autoridade do Exército em Roraima fez uma recomendação: "Cobrem respeito à propriedade, a terra, ainda que dentro da Raposa, são [sic] dos senhores". Sempre que episódios interligados extravasaram e não foram respondidos nos termos da doutrina militar, resultaram em crises. Como foi, com freqüência, o seu propósito. O propósito atual é obscuro. A tendência, não. É consagrada pela história.

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